Os Servidores Públicos Federais (SPFs) presentes no 2o Congresso Nacional da CSP-Conlutas realizaram uma reunião setorial no terceiro dia para debater a realidade dos servidores, as greves no setor e a campanha salarial deste ano.
Vários representantes de entidades sindicais estavam presentes, entre eles dirigentes e trabalhadores de base do Andes-SN, Fasubra, Fenajufe, Sinasefe, Fenasps, Assibge, Fenasps e sindicatos.
Algumas entidades como os setores da educação, Andes-SN e Fasubra, e a Fenajufe já deflagraram greve e demais entidades estão construindo o movimento.
Nas avaliações foi apontada a perspectiva de intransigência do governo na condução das negociações o que poderá implicar na ausência de resposta à pauta dos servidores nos diversos setores. Foi lembrado ainda que o Orçamento da União deve ser votado em agosto e ate lá só a mobilização da categoria poderá garantir reajuste aos SPFs.
Entre as principais deliberações foi construído um calendário com os presentes a ser indicado e debatido com o conjunto do funcionalismo federal com o objetivo de fortalecer a greve no setor e a campanha salarial com plenárias setoriais no dia 27 de junho, reunião ampliada no dia 28 de junho e deflagração de greve unificada dos servidores públicos federais em 1 de julho.
“Tem que se enfrentar a burocratização das direções governistas que atravancam a construção da greve do funcionalismo. As bases vão acabar passando por cima das direções pelegas que não querem construir a paralisação”, disse Paulo Barela, da CSP-Conlutas.
Foi aprovada também a confecção de um jornal da CSP-Conlutas específico para o setor dos federais.
Os servidores também avaliaram que a classe trabalhadora não pode pagar esta conta e que a CSP-Conlutas tem um papel importante neste processo de construção da greve dos servidores federais.
Foi lembrada ainda a situação das mulheres com a precarização dos direitos no serviço público como, por exemplo, os efeitos da NR-30 que têm o estágio probatório ampliado devido à licença maternidade.
Foi aprovada a proposta de resolução pedindo a revogação desta norma que prejudica as mulheres em licença maternidade e também servidores afastados por doença.
Além disso, também foram propostas ações como a necessidade de se informar e dialogar com a população sobre as consequências na saúde, educação e segurança com os cortes e ajustes fiscal do governo; fortalecer os Fóruns Estaduais dos SPFs , buscar a formação de um Comando Nacional de Greve, unificar a luta com servidores púbicos estaduais.
Para o segundo trimestre será proposto que a CSP-Conlutas realize um seminário sobre o funcionalismo público no segundo semestre.
Fonte – CSP-Conlutas, por Marcela Cornelli
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