A quarta-feira, 30 de maio, foi marcada por diversas mobilizações no país, demonstrando a disposição dos servidores públicos federais para lutar por seus direitos, exigir melhorias salariais e respeito ao serviço e servidor público. Atos, paralisações e assembleias agitaram o dia.
Pela manhã, representantes do Sindsef-SP, Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) e Sinprev-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo) protocolaram documento contendo a pauta de reivindicações da campanha salarial 2012. O documento deveria ter sido entregue para a Ministra do Planejamento Miriam Belchior que participaria de um Fórum de Debates. Porém, Belchior não compareceu. Enviou em seu lugar um representante que recebeu o documento.
Em seguida, o Sindsef-SP e Sinsprev-SP acompanharam a assembleia dos servidores do Banco Central. A atividade deu visibilidade ao Dia Nacional de Advertência ao governo e aprovou o indicativo de paralisação a partir do dia 18 de junho, caso o governo não atenda as reivindicações da categoria. Em vários estados estavam previstas assembleias com o mesmo objetivo.
Dia de Luta da Seguridade social
Ainda na parte da manhã, a delegação do Sindsef-SP se somou ao Dia Nacional de Luta da Seguridade Social convocado pelo Sinsprev-SP. Centenas de servidores ocuparam a calçada em frente ao Ministério da Saúde, na Av. 9 de julho, para protestar e denunciar os prejuízos gerados a população com o corte de mais R$ 50 bilhões no orçamento.
O diretor do Sindsef-SP, Eunicio Martins, fez uma saudação aos participantes do ato parabenizando-os pela iniciativa e afirmando que a mobilização é único caminho para conseguir pressionar o governo a atender as justas reivindicações da categoria.
A dirigente do Sinsprev-SP, Diná Neres, lembrou que Dilma concede isenções à banqueiros e mega empresários, enquanto corta verbas do serviço público, tão necessário para a população. “Queremos um orçamento maior para saúde. O servidor defende um atendimento público de qualidade à população”.
A manifestação também contou com a adesão das Assistentes Sociais, em luta pelo reconhecimento da jornada de 30 horas.
Justiça Federal
Na parte da tarde, o Sindsef-SP participou da mobilização do judiciário federal em frente ao Tribunal Regional Eleitora (TRE), onde se reuniam servidores de diversos fóruns da capital e do interior com o lema: Sem negociação não haverá eleição
Os trabalhadores fizeram um apitaço demonstrando que não aceitarão calados à política imposta pelos governantes. Ao final da manifestação foi instaurada uma assembleia que aprovou a paralisação de 48h, nos dias 13 e 14 de junho. Sinalizando disposição para aderir a greve do funcionalismo, prevista para iniciar em 11 de junho, e se somar aos professores e técnicos de universidades que já estão parados.
Beth Lima, diretora do Sindsef, lembrou que a política do governo Dilma não é diferente da adotada pelos governantes dos países da Europa. Ou seja, querem que os trabalhadores paguem a conta da crise econômica. “Mas os trabalhadores não estão aceitando estes ataques passivamente”, disse Beth.
Próximos passos
O Sindsef-SP enviará uma delegação a marcha dos SPFs em Brasília, no dia 05 de junho. Além disso, nos próximos dias realiza assembleias nos locais de trabalho para deliberar sobre a adesão da base na greve do funcionalismo.
No dia 01 de junho, sexta-feira, a Coordenação de Entidades do Funcionalismo Público Federal de São Paulo se reunirá no auditório do Sintrajud para discutir a proposta de um ato unificado no estado e demais temas da campanha salarial.
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