Marcha reuniu milhares de trabalhadores do país pela manhã e a mobilização continua forte em Brasília

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Neste 24 de abril, milhares de pessoas de todas as regiões do país ocuparam as ruas de Brasília contra a retirada de direitos da classe trabalhadora. A marcha saiu do Estádio Mané Garrincha e avançou rumo ao Congresso Nacional.

Os manifestantes preencheram quatro faixas da avenida que leva ao local de dispersão. Os gritos de guerra foram se sucedendo nas diferentes falas reivindicando a anulação da reforma da previdência de 2003, aprovada com dinheiro do mensalão, e o fim do fator previdenciário sem a aplicação da fórmula 85/95, que também prejudica as aposentadorias.

A grande manifestação unifica a luta de todos os trabalhadores. É contra os projetos do governo que retiram direitos, como o Acordo Coletivo Especial (ACE); defende moradia digna, reforma agrária, respeito aos povos indígenas e quilombolas; denuncia as remoções violentas provocadas pelas obras da Copa e das Olimpíadas; e coloca-se contra toda forma de discriminação. Neste último eixo, uma das principais palavras de ordem é “Fora Feliciano”, referindo-se ao deputado federal conhecido pelas polêmicas declarações racistas e homofóbicas.

 

“Beijaço Fora Feliciano” – No percurso, a ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre) realizou um “ato-beijaço” e casamentos gays simbólicos com o objetivo de exigir a saída de Marco Feliciano da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara.

Chegou ao Sindsef-SP a informação de que quatro ativistas foram detidos pela Polícia ao estender a bandeira do movimento LGBT no 15° andar do Anexo 1 da Câmara dos Deputados. Os estudantes estão acompanhados pelo advogado de uma das centrais sindicais organizadoras da atividade.

 

Entidades organizadoras – Além da CSP-Conlutas, seus sindicatos e movimentos filiados, compõem a organização da Marcha entidades e organizações entre as quais – A CUT Pode Mais (corrente que integra a CUT), CNTA (Confederação Nacional de Trabalhadores da Alimentação), Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas), Condsef (Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais), CPERS (Centro dos Professores Do Estado Do Rio Grande Do Sul), MST, Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), ADMAP (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas), ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre), assim como entidades de movimento populares e outras.

 

Agenda – A mobilização iniciada na manhã de hoje se estende à tarde com uma série de reuniões das entidades com órgãos do governo e visita ao Congresso Nacional para levar as reivindicações dos trabalhadores.

 

Confira a programação completa do dia:

09h00 – Começo da Marcha no Estádio Mané Garrincha e irá até o Palácio do Planalto e Congresso Nacional.

10h30 – Dirigentes de trabalhadores rurais se retiram da marcha para participar de uma audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

14h00 – Audiência no MEC (Ministério da Educação) com o CPERS-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação-RS). Todos os setores da educação (ANDES-SN, Anel, Fasubra, Sinasefe) também irão para o MEC, pedir audiência com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, sobre o encaminhamento concreto das demandas do setor (10% PIB para Educação, revogação da EBSERH (privatização dos hospitais universitários), piso nacional dos professores estaduais e 1/3 no salário de atividade extraclasse).

14h00 – Os estudantes e setores ligados à luta contra o machismo, o racismo e a homofobia, farão protesto contra a presença do pastor Marcos Feliciano à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

17h30 – Haverá audiência na Secretaria Geral da Presidência da República com a CSP-Conlutas e comissão de entidades que estão participando da marcha.

 

Veja as bandeiras da marcha neste link:

http://cspconlutas.org.br/2013/04/bandeiras-da-marcha-em-brasilia-no-dia-24-de-abril-de-2013/

 

 

 

Por Lara Tapety, com informações da CSP-Conlutas 
Foto: Fábia Corrêa

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