Novembro Negro: Celebrar a Luta de Zumbi dos Palmares é dar visibilidade a luta do povo preto

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Os meios de comunicação revelam cenas de preconceito e racismo. Em uma escola, jovens delinquentes brancos proferem ameaças de mortes a um aluno preto, compartilham mensagens com apologia ao nazismo e mensagens de ódio contra negros, nordestinos e mulheres.

A pele preta continua sendo alvo de constrangimentos, seja ao ser seguida nas lojas pelos seguranças, enquanto os vendedores a ignoram solenemente ou, o que é muito pior, quando é acusada, sem provas e, tantas vezes, privada de liberdade.

Loja é acusada de racismo após colocar manequim preto para ‘quebrar’ vitrine. — Foto: @ashleymlia/Reprodução/Twitter

A pele preta continua sendo alvo da violência policial! Em São Paulo, o uso de câmeras no uniforme da Polícia Militar contribuiu para reduzir a truculência, porém, o próximo governador tem como promessa de campanha retirá-la, o que para os pretos pode significar voltar ou não para casa, após uma batida policial.

Século 21! Ano 2022! A luta do povo negro segue pesada! No Brasil, nos últimos quatro anos, vivemos um forte retrocesso no quesito racial!

Ao destruir direitos básicos dos trabalhadores, Bolsonaro e seus aliados deram mostras incontestáveis da intenção de empurrar a população pobre e negra de volta para as senzalas. Não conseguiram! A resposta veio nas ruas e nas urnas, justamente daqueles que mais atacou durante o seu governo.

O povo negro e os oprimidos querem uma vida digna, sem violência, com comida no prato e respeito aos seus direitos.

A derrota de Bolsonaro trouxe uma sensação de alívio e de esperança. Respiramos fundo e nos preparamos para os embates que virão. Muda o governo, mas para o povo preto a luta segue sendo necessária. Enfim, a luta vai continuar!

Luta antirracista

O 20 de novembro marca o assassinato do líder Zumbi de Palmares e remete aos processos de lutas por libertação, às revoltas dos escravizados desde que pisaram nesse solo e destaca os papéis dos quilombos. Os assassinos de Zumbi e de outros heróis negros e negras, pretendiam, além de combater os negros rebelados, coibir a ação política progressista contra o regime daquela época.

Nos dias atuais os obstáculos mudaram, mas o processo de desumanização segue sendo parte da vida do povo negro. Nos últimos anos as nuances foram substituídas por ataques mais diretos, algumas vezes sucedidos de pedidos de desculpas e justificativas de estar em surto psíquico.

Afirmar a existência do racismo é pouco, pois ele se reflete no tratamento dado aos pretos: a violência obstétrica sofrida pelas mães negras, a criança na creche fantasiada de macaquinho pelas “tias”, ou o adolescente que pergunta ao policial antes de morrer: por que você atirou em mim? Os pretos não precisam que os brancos reconheçam o racismo. Ele existe e sabemos!

Manifestantes durante passeata até o Carrefour de Piracicaba — Foto: Júlia Silva

O racismo precisa ser combatido veementemente e precisa ser encarado como tarefa de toda a sociedade e não apenas da comunidade negra.

A luta contra toda forma de opressão e exploração é pautada pelo Sindsef-SP cotidianamente.
Basta de racismo e violência contra o nosso povo!

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