Resoluções da reunião da CSP-CONLUTAS

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Entre os dias 5 e 7 de agosto foi realizada, em Belo Horizonte, a reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas. Foram dois dias de muitos debates.
O
terceiro dia foi reservado para a aprovação das resoluções pelo plenário.


No primeiro dia o encontro contou com debates sobre conjuntura nacional, internacional e atividades para o próximo período. O destaque foi a Jornada Nacional de Lutas que ocorre de 17 a 26 de agosto.


O membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas, Maria de Almeida, deu informe sobre a situação política internacional e nacional. Ele falou sobre a crise econômica internacional, que se aprofundou nas últimas semanas.  O acordo feito no congresso americano para aumentar o teto da dívida pública dos EUA, longe de estabilizar a situação, trouxe muitas dúvidas sobre a capacidade de recuperação da economia americana o que levou inclusive ao rebaixamento de notas dos EUA pelas agências internacionais que medem o risco. Além disso, a situação na Europa também não se estabilizou com o pacote de ajuda à Grécia. A crise da dívida pública ameaça se estender para outros países como a Espanha, Itália, Portugal e toda a zona do euro.


Na Europa, os trabalhadores e a juventude têm protagonizado grandes lutas no enfrentamento à política dos governos para jogar a crise econômica nas costas dos trabalhadores. Foram greves gerais e manifestações na Grécia, Espanha, Grã-Bretanha, Portugal, Itália e outros. Os trabalhadores têm demonstrado uma grande capacidade de luta e resistência.


Em conjuntura nacional, Maria falou que o governo Dilma  vem se preparando para os efeitos da crise, exemplo disso é o corte do orçamento de 50 bilhões que retiram recursos da saúde, educação, previdência, moradia e outros. Agora, o governo lança o plano “Brasil Maior” que incentivos fiscais às grandes empresas principalmente multinacional através de redução do IPI; desoneração da folha de pagamento; incentivo às exportações para supostamente aumentar a competitividade das empresas instaladas no país.


O dirigente lembrou que nos últimos meses houve um crescimento das lutas dos trabalhadores(as) no país. Com várias greves, respondendo à contradição de que enquanto crescem os lucros das empresas, recordes e mais recordes de produção, os salários são corroídos pela inflação e os serviços públicos cada vez mais precários.


Apesar disso, as lutas são pulverizadas e ainda não se enfrentam com o governo Dilma, que segue com alta popularidade e conta com um apoio das centrais sindicais governistas, que neste momento levantam a necessidade de um pacto social com a retomada das Câmaras Setoriais. Por isto, a importância da Jornada Nacional de Lutas, que acontece entre os dias 17 a 26 de agosto. O objetivo é construir uma alternativa nacional de luta contra a política econômica do governo Dilma.


Outro tema abordado por Maria foram os casos de corrupção, que acontecem nas três esferas do governo. Sem contar que as obras do PAC, da Copa e Olimpíadas são um terreno fértil paracrescimento da corrupção.


No campo, continua a concentração fundiária, despejos violentos nas ocupações, descaso com os assentamentos rurais e com os pequenos produtores de alimentos, bem como assassinatos e impunidade. O novo Código Florestal facilitará a destruição dos ecossistemas brasileiros, perdoará dívidas dos madeireiros e ampliará a monocultura.


Após amplo debate os participantes da Reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas aprovaram as seguintes resoluções:


1 – Impulsionar junto com as demais entidades a Jornada Nacional de Lutas de 17 a 26 de agosto, realizando manifestações nos estados e um grande ato no dia 24 em Brasília. Organizar caravanas nos estados e uma grande presença de CSP-Conlutas nesta atividade com colunas, bandeiras etc. Para viabilizar esta atividade a S.E.N. (secretaria Executiva Nacional) deve organizar a arrecadação financeira.


2 – Combater a política econômica do governo Dilma, que beneficia as grandes empresas, bancos, empreiteiras e latifundiários. Com os altos juros, isenções às empresas, a utilização de metade do orçamento para o pagamento da dívida pública aos banqueiros em detrimento da educação, saúde  e outros serviços.


3 – Encaminhar a campanha de 10% do PIB ! para a educação, como uma das campanhas prioritárias para o próximo período.


4 – Denunciar o plano “Brasil Maior”, que quer dar de presente 25 bilhões aos empresários através de isenções. Além disso é preciso Repudiar a proposta de pacto social e de retomada das Câmaras Setoriais.


5 – Apoiar as lutas em curso: greve da Fasubra e SINASEFE, professores de MG, RIO e trabalhar pela unificação das campanhas salariais sob o lema Se o Brasil Cresceu! Trabalhador quer o Seu! Lutando por aumento real dos salários e dando atenção especial às reivindicações ligadas à organização no local de trabalho (delegados sindicais, comissões de fábrica). Colocar nestas campanhas reivindicações ligadas às lutas contra as opressões em defesa das mulheres, dos negros e homossexuais.


6 – Referendar as bandeiras da Jornada de Lutas, bem como nossa plataforma e as resoluções aprovadas em reuniões anteriores e encaminhar as campanhas já aprovadas.


Veja o manifesto da Jornada de Lutas na íntegra. Clique AQUI


 

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