Representantes de diferentes entidades do movimento sindical e feminista compuseram a mesa de abertura do 1º Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta (MML). A atividade foi realizada na noite de 04 de outubro, em Belo Horizonte, e reuniu centenas de mulheres trabalhadoras e jovens estudantes de vários estados. Ainda estiveram presentes representações internacionais da Argentina, Espanha, Índia, Inglaterra, Paraguai e Síria.
A mesa de abertura contou com representantes da CSP-Conlutas, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Frente pela Legalização do Aborto, Marcha das Vadias-BH, Marcha Mundial de Mulheres, MTST, Movimento Luta Popular, Rede Feminista, PSOL, LER-Q.e PSTU. As falas que se sucederam reafirmaram a necessidade de um movimento de luta feminista e classista para combater o machismo e as opressões presentes no cotidiano das mulheres.
Representando a CSP-Conlutas, Joaninha Oliveira, abordou a importância do caráter popular da central que organiza, além das entidades sindicais, os movimentos sociais e contra a opressão. “Este encontro materializa nossa certeza desse projeto que discutimos para a CSP-Conlutas”,
O direito e o domínio sobre o corpo da mulher também esteve presente nas saudações. A luta contra o Estatuto do Nascituro, pela descriminalização do aborto e o combate à violência doméstica não ficaram de fora.
Vanessa Portugal, do PSTU, arrepiou o plenário ao destacar o caráter histórico do encontro. “podemos afirmar que se trata do maior encontro classista de mulheres dos últimos 20 anos”, disse, ressaltando que ele está sendo realizado justamente no momento em que a presidência está nas mãos da primeira presidente mulher do país. “Algumas certezas estão sendo destruídas, mas outros sonhos vão se construindo”, afirmou.
Vanessa também ponderou sobre a importância do recorte de classe na luta feminista para que não seja reduzida à questão de gênero. “Sem os homens não é possível a luta pelo socialismo, mas sem as mulheres também não”, disse.
Após as saudações houve uma palestra com Lola Aronovich, autora do blog feminista Escreva Lola Escreva. Encerrada a atividade as delegações se dirigiram para Sarzedo, onde nos próximos dois dias irão discutir formas de avançar na organização das mulheres.