A greve dos servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) já ultrapassa dois meses. Nesta sexta (06/09), às 10h, a categoria realiza assembleia nacional por teleconferência para discutir os rumos do movimento. Apesar dos esforços dos trabalhadores, o governo continua intransigente e não estabeleceu neste período uma negociação efetiva.
Ontem, 05/09, o Comando Nacional de Greve participou de mais uma reunião com a SRT (Secretaria de Relações do Trabalho), na ocasião a proposta de 15,8% foi mais uma vez rejeitada.
Os servidores também abordaram a devolução dos salários cortados e a compensação das horas de greve. Uma nova reunião foi agendada para segunda-feira, 09/09, para dar respostas a estas questões.
Durante estes dois meses, os servidores intensificaram as denuncias de falta de condições de trabalho e aumento das atribuições buscando sensibilizar o governo a atender suas demandas mais urgentes. Houve pelo menos duas audiências públicas no senado para expor a real situação do órgão.
Foram destacadas as irregularidades nas contratações terceirizadas, agravadas no período da greve, de profissionais que custam para os cofres públicos mais que o dobro do gasto com um servidor concursado.
A falta de vontade política do governo fica evidente, a categoria busca a reestruturação de sua carreira e pede a equiparação de tabelas com setores que desempenham funções similares a suas atribuições.
Tentando avançar nas negociações, os servidores apresentaram uma contraproposta, mas foram solenemente ignorados.
A Assessoria Jurídica da Condsef aguarda despacho da ministra Eliana Calmon do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre ação judicial que analisa o corte de ponto determinado pelo governo para servidores que participam do movimento legítimo de greve.