O que seria uma entrevista coletiva do setor dos transportes de São Paulo se transformou numa plenária de preparação da Greve Geral de 14 de junho.
Com a presença de representações dos condutores de São Paulo e interior do estado, metroviários, ferroviários, federações e confederações dos transportes, e representantes de outras categorias que marcaram presença, o setor se comprometeu a parar as atividades contra a Reforma da Previdência e o desemprego e em defesa da Educação na próxima sexta-feira (14).
O presidente em exercício do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, Valmir Santana da Paz, o Sorriso, frisou que a entidade sediava a coletiva, mas ali a presença ampla demarcava que a greve não será somente de condutores. “Nossa luta não é só dos condutores, todas as categorias estão voltadas para essa greve”, reforçou o dirigente mencionando os ataques desfechados pelo governo Bolsonaro contra os trabalhadores.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários da Baixada Santista, Valdir de Souza Pestana, fez um chamado. “Todo mundo em casa na sexta-feira, vai ficar tudo parado, é o povo quem vai parar”.
Categorias de ferroviários e metroviários confirmaram a paralisação. Um dos coordenadores gerais do Sindicato dos Metroviários de SP Wagner Fajardo reafirmou que a categoria vai parar. “Além das linhas 1, 2, e 3, vamos tentar paralisar as linhas 4 e 5 privatizadas, onde os trabalhadores são superexplorados”. Assim como reafirmaram a participação na greve as lideranças dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e do interior.
Para além de São Paulo, o dirigente da Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários) Celso Borba informou que também vão parar os metrôs do Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro e de Brasília (DF), que já está parado há um mês.
A presença Centrais Sindicais na coletiva fortaleceu a iniciativa, garantindo a paralisação em outros setores de trabalhadores como metalúrgicos, eletricitários, petroleiros, operários da construção civil, profissionais da Educação, juventude e outros.
O secretário geral da Força Sindical João Carlos Gonçalves, o Juruna, resgatou a importância da construção coletiva da Greve Geral anunciada por todas as centrais no 1º de Maio em São Paulo.
O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas reafirmou o compromisso da central com a paralisação nas categorias e abordou a importância da greve contra os ataques do governo Bolsonaro. “Não queremos um Brasil pior para nossos filhos e netos”, disse.
Fonte: Csp-Conlutas