O dia 21 de março tornou-se um símbolo de protesto contra o racismo. Nesta data, no ano de 1960, na África do Sul, acontecia o episódio conhecido como “Massacre de Shaperville”, durante os protestos contra o regime do Apartheid. A polícia atirou sobre a multidão desarmada, que participava de uma manifestação pacífica, matando 69 pessoas e ferindo outras 186.Nesse momento, em que a guerra entre Rússia e Ucrânia ocupa as manchetes dos principais sites de notícias e redes sociais, há relatos perturbadores de pessoas negras sendo preteridas, enquanto tentam se refugiar em países vizinhos. Mas, não é preciso olhar para tão longe para vermos o racismo nosso de cada dia.
É assustadora a frequência com que somos bombardeados com denúncias de racismo aqui no Brasil. Dói!
Dói ver nosso povo na fila do osso, na luta contra o despejo, sendo assassinado pela polícia, sendo a grande maioria nas prisões. Dói lembrar da crueldade presente no assassinato de Moise Kabamgabe, imigrante africano.
Mesmo o negro ou negra que não estão em situação de vulnerabilidade social, são constantemente humilhados nos ambientes que frequentam. Muitas vezes, são solenemente ignorados ou vistos como potencial ameaça.
Potencial ameaça… mesmo que esteja carregando cadernos, indo para futebol, voltando da igreja. Mesmo que seja apenas uma criança brincando na porta de casa, ou que esteja marchando contra a injustiça de um mundo capitalista e racista.
O Sindsef-SP repudia veementemente os casos de racismos, assassinatos da população negra e crimes de ódio e segue na luta, denunciando todo tipo de opressão e exploração.
