A mesa de balanço e planos do Sindsef-SP reabriu os trabalhos no segundo dia do 27º Congresso do Sindsef-SP. As várias atividades e publicações relacionadas à luta em defesa dos servidores e dos serviços públicos, bem como dos trabalhadores da iniciativa privada e setores oprimidos nortearam a atuação da diretoria.
Com a redução dos casos e mortes por covid e com o avanço da vacinação, em 2022 a diretoria foi retomando as atividades presenciais, sempre respeitando todos os protocolos sanitários. Nesse contexto, após dois anos de isolamento social, em março de 2022, uma caravana com a delegação do Sindsef-SP participou da Jornada de Lutas, em Brasília.
Paralelamente, os servidores do Ipen pararam nos dias 30 e 31/03 e realizaram um ato público na portaria do órgão, que contou com a participação de representantes da Fundacentro, Área Ambiental e PGFN.
As servidoras e servidores do Ministério do Trabalho também paralisaram as atividades para fortalecer a Jornada de Lutas. Diante da falta de proposta do governo referente a reposição salarial e do descaso com às reivindicações específicas do setor, que tem como principal eixo a aprovação de um plano de carreira, a categoria deflagrou uma greve nacional que durou quase dois meses. Mesmo após a suspensão da greve, a mobilização continuou, com a realização de reuniões com o governo visando negociar a reposição das horas de paralisação e a avançar nas reivindicações específicas. O Sindsef-SP colocou toda estrutura a serviço da luta da categoria e está sendo fundamental para impulsionar esse movimento.
Aliás essa é a postura do Sindsef-SP, que sempre esteve ao lado daqueles que lutam, colocando a estrutura política, material e jurídica à disposição dos servidores. Foi assim que estreitou as relações com os servidores da Funai, à época do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.
Pelos eventos destacados e contra a política de destruição dos serviços públicos, o Sindsef-SP defendeu e lutou pela derrubada da extrema direita e saída imediata de Bolsonaro e Mourão do poder desde o primeiro ano de seu governo.
Nas eleições presidenciais de 2022, a diretoria aprovou o apoio crítico em Lula, no segundo turno, sempre com o compromisso de jamais deixar de lado a luta em defesa dos trabalhadores e a independência de classe.
Além de avaliar o que foi realizado nesse período, os delegados e delegadas contribuíram com propostas de iniciativas que podem ser tocadas pela diretoria no interesse dos trabalhadores nos próximos meses.
As intervenções apontaram a necessidade de buscar métodos para uma maior participação da categoria nas atividades promovidas pelo sindicato seja, presencial ou virtual, política ou cultural.
Surgiram propostas de ampliar os coletivos; realizar atividades que abarquem os terceirizados, com temas de interesse deles e de suas famílias; retomar o projeto de comunicação popular que dá visibilidade a trajetória dos servidores que estão na luta; promover trocas de experiência entre os servidores antigos e as novas gerações; voltar a realizar assembleia nos locais onde houver trabalho presencial e percorrer os setores para convocar os servidores; promover rodas de conversas para trocar experiências e organizar atividades pensando em promover trocas de vivências entre os servidores, a primeira sugestão seria uma visitação em uma aldeia indígena e/ou em um acampamento dos sem-terra.
Depois de dois anos de pandemia, os debates deixam a marca de que se muito vale o já feito, mais vale o que será, com grande expectativa para o próximo período.
Mesa de conjuntura: É preciso mobilização da categoria para fortalecer as entidades nas negociações