Campanha Salarial: SPF’s devem intensificar as mobilizações

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A reunião com o Ministério do Planejamento, realizada no dia 14/03, mostrou que as mobilizações em torno Campanha Salarial 2012 devem ser reforçadas. O Secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, utilizou o discurso da austeridade durante o encontro, quando as 31 entidades, que compõem o Fórum Nacional dos Servidores Federais, apresentaram a proposta de política salarial que reivindica reposição linear emergencial de 22,08%.
A proposta (aqui) foi feita com auxílio do Dieese e busca corrigir, entre outras coisas, distorções dos vários setores da administração pública, valorização do salário base e incorporação das gratificações. Apesar das diferenças entre as diversas carreiras, a verdade é que todos estão sofrendo corrosão salarial, sendo necessária uma recuperação urgente do poder de compra dos salários.

O secretário afirmou que o governo concorda em reabrir debates, buscar a valorização do vencimento básico dos servidores, inclusive a paridade. No entanto, informou que, mais uma vez, não deve haver reajuste linear neste momento. Segundo ele, a proposta do governo Dilma seria de primeiro tentar corrigir distorções a médio e longo prazo levando em consideração todo o histórico desde o início do governo Lula. O objetivo seria levantar informações sobre as distorções, corrigir os problemas e só depois implantar uma política salarial para o conjunto do funcionalismo.

Além disso, o governo responsabiliza a crise econômica mundial para justificar sua política de restrição e ajuste fiscal. Para Paulo Barela (CSP-Conlutas), um dos interlocutores dos trabalhadores na mesa de negociação, os servidores não são os responsáveis pela crise.  “Não estamos sentindo, aqui no Brasil, os efeitos dessa crise do mesmo modo que os países da Europa. Na verdade, o governo usa esse argumento para agir preventivamente e atacar os direitos dos servidores, enquanto isso destina um naco de 47% do orçamento para remunerar os banqueiros e especuladores do mercado financeiro”, avaliou.
 
Efetivamente não houve avanço nas negociações porque o governo segue tentando enrolar as entidades. “Já vimos esse filme ano passado, quando apresentamos uma pauta global com as reivindicações dos servidores. À época, o falecido secretário Duvanier Paiva, disse que não havia espaço para negociação de um índice linear e propôs mesas setoriais. As entidades se voltaram para o específico e o governo concedeu apenas algumas migalhas para poucas carreiras. Além disso, tratou duramente as greves das universidades, escolas técnicas e judiciário federal”, destaca Barela, acrescentado que os servidores não vão cair nesta armadilha novamente.

Diante dessa realidade é fundamental fortalecer a mobilização e as atividades dessa semana nos estados. Sobretudo, intensificar os esforços para realizar uma grande marcha a Brasília no dia 28 de março. “Vamos dar uma demonstração de unidade e disposição de luta e levar milhares a Brasília neste dia. Só dessa forma, e com uma perspectiva clara de greve geral do funcionalismo federal, será possível dobrar o governo e arrancar nossas reivindicações”, concluiu Barela.

Com informações da Condesf e CSP-Conlutas

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