As dez centrais sindicais brasileiras lançam nesta quinta-feira (2) uma nota conjunta que repudia a ação criminosa de Israel, que sequestrou em águas internacionais centenas de ativistas da Flotilha Global Sumud, entre eles 12 brasileiros.
“A situação é gravíssima”, diz trecho da nota. “O genocídio explícito em Gaza horroriza e envergonha a humanidade. A opinião pública mundial se mostra cada vez mais revoltada diante das ações covardes e desproporcionais do governo de Israel contra o povo palestino”.
As centrais conclamam a classe trabalhadora, sindicatos e movimentos populares a tomarem as ruas em protestos em todo o país, bem como que o governo brasileiro aja para proteger e garantir a libertação dos sequestrados, e romper todas as relações com Israel.
Confira a íntegra a seguir:
Centrais sindicais repudiam prisão de brasileiros e ativistas por Israel
Nós, das centrais sindicais brasileiras, manifestamos nossa veemente repulsa às ações do Estado de Israel, que oprime, violenta e massacra milhares de inocentes — crianças, idosos, mulheres e homens — de forma indiscriminada.
A mais recente ação criminosa foi a interceptação e o sequestro, em águas internacionais, de ativistas da Flotilha Global Sumud, que buscavam romper o cerco ilegal a Gaza para levar alimentos, medicamentos e outros suprimentos essenciais às vítimas das investidas do governo de Benjamin Netanyahu.
Entre os cerca de 500 ativistas sequestrados de 44 países, encontram-se 12 brasileiros, que corajosamente se lançaram nesta importante missão humanitária.
A situação é gravíssima. O genocídio explícito em Gaza horroriza e envergonha a humanidade. A opinião pública mundial se mostra cada vez mais revoltada diante das ações covardes e desproporcionais do governo de Israel contra o povo palestino.
Diante disso:
Conclamamos nossas organizações sindicais e populares a promover manifestações e protestos em todo o país, exigindo a imediata e incondicional libertação dos sequestrados.
Conclamamos também o governo brasileiro a tomar medidas para proteger a vida dos brasileiros envolvidos e romper relações com o Estado de Israel.
Pare o genocídio em Gaza! Cessar fogo já!
São Paulo, 2 de outubro de 2025
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical
José Gozze, presidente da Pública
Luis Carlos Prates (Mancha), executiva da CSP-Conlutas
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora