A primeira assembleia dos servidores de São Paulo, realizada após a suspensão do movimento grevista, contou com avaliações e encaminhamentos para manter a categoria mobilizada; eleição para representantes da categoria no Encontro Nacional da Cultura e esclarecimentos sobre eleição de delegadas e delegados para compor o Conselho Deliberativo do Sindsef-SP, entre outros assuntos.
A paralisação nacional, interrompida no dia 05 de junho, durou mais de 30 dias e teve como principal pauta a valorização e reestruturação da carreira. O movimento foi suspenso por decisão coletiva, em um recuo estratégico, com o objetivo de avançar no diálogo para a construção do tão aguardado Plano de Carreira da Cultura (PCCult).
A suspensão ocorreu após sinalizações importantes do governo: criação de um grupo de trabalho interministerial entre o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) e o MinC; apresentação de um cronograma de atividades; compromisso com a participação da categoria, com a transparência nas etapas do processo e com a previsão orçamentária para implementar a nova carreira em 2026.
O recado está dado: se houver retrocessos, desfigurações ou novos adiamentos, a mobilização será retomada com força total.
Assembleias, debates e visibilidade para a Cultura
Para manter a categoria mobilizada, a assembleia estadual do dia 9 de junho aprovou uma série de ações:
Participação nas assembleias nacionais;
Envio de delegadas ao Encontro Nacional da Cultura;
Participação no videocast Café com Lutas, produzido pelo Sindsef-SP;
Apoio ao Teatro de contêiner;
Realização de atividades para manter a categoria mobilizada, como assembleias estaduais semanais.
Não à Reforma Administrativa
No dia 17 de junho, a categoria participa de uma palestra com o advogado César Lignelli sobre a proposta de reforma administrativa, que avança no Congresso com apoio do governo e do parlamento. O tema é urgente: entender como essa reforma afeta os direitos dos servidores e o serviço público como um todo é essencial para seguir em defesa das conquistas e garantir políticas públicas de qualidade para a população.
Encontro Nacional da Cultura
Foram eleitas como delegadas ao Encontro Nacional da Cultura as servidoras Fernanda Gibertoni e Corina Moreira, ambas do Iphan-SP. A atividade está prevista para ocorrer nos dias 30 de junho e 1º de julho, em Brasília.
Nas próximas assembleias, servidoras e servidores discutirão coletivamente as propostas que serão apresentadas e defendidas pelas delegadas durante o encontro.
Valorização das políticas culturais em pauta
Outra iniciativa aprovada foi a produção de uma nova edição do videocast Café com Lutas, do Sindsef-SP. A proposta é dar visibilidade ao trabalho realizado por servidoras e servidores das instituições vinculadas ao MinC, mostrando à sociedade a importância das políticas culturais para a transformação de vidas, territórios e futuros.
Apoio ao Teatro de Contêiner é também defesa da cultura
A assembleia também decidiu apoiar a luta pela permanência do Teatro de Contêiner. A manutenção do espaço é também a defesa do direito à cidade, da cultura acessível e da ocupação dos espaços públicos por expressões artísticas diversas.
Foi aprovada a elaboração de uma moção de apoio e a formação de uma comissão para visitar o local e levar solidariedade em nome das trabalhadoras e trabalhadores da Cultura federal.
A luta continua
Suspender a greve não significa baixar a guarda. Pelo contrário: o momento exige atenção e mobilização permanente.
A categoria segue vigilante e pronta para retomar a paralisação, caso o governo não cumpra os compromissos assumidos. O objetivo continua o mesmo: garantir uma carreira que reconheça a importância da política cultural e valorize quem a constrói todos os dias.