No dia 5 de setembro, o mundo celebra a resistência e a força das mulheres indígenas, guardiãs de saberes ancestrais e protagonistas na defesa da vida, dos povos originários e da natureza. A data foi instituída em 1983, na Bolívia, em memória de Bartolina Sisa, mulher quéchua brutalmente assassinada no século XVIII por liderar uma rebelião contra a colonização espanhola. Desde então, a data marca a luta das mulheres indígenas pela preservação de suas culturas, territórios e modos de vida.
Essas mulheres estão na linha de frente da resistência, enfrentando o machismo, o racismo, a violência e a destruição ambiental que atinge diretamente suas comunidades. As mulheres indígenas têm um papel fundamental tanto na vida dos povos indígenas como para todo o planeta.
Amazônia: a casa das mulheres guardiãs da floresta
No mesmo dia, também se celebra o Dia da Amazônia, maior floresta tropical do planeta e berço de uma biodiversidade inestimável. O bioma se estende por nove países da América do Sul, sendo 60% de sua área em território brasileiro. A floresta é responsável pelo equilíbrio climático, pela conservação da água e pela captura de bilhões de toneladas de carbono, fundamentais no combate às mudanças climáticas.
A Amazônia é também território de vida de povos indígenas e comunidades tradicionais, que dependem da floresta para sobreviver e a defendem de interesses predatórios. No entanto, o avanço do desmatamento e das queimadas (provocados principalmente pelo agronegócio e pela mineração) ameaça não apenas a biodiversidade, mas também os povos que a habitam e o equilíbrio ambiental do planeta.
Resistência, cultura e futuro
O Dia Internacional da Mulher Indígena e o Dia da Amazônia nos lembram que não há preservação ambiental sem justiça social, nem futuro possível sem a valorização das culturas originárias. Reconhecer e apoiar a liderança das mulheres indígenas é garantir a defesa da floresta e o enfrentamento da crise climática.
O Sindsef-SP se soma às vozes que exigem respeito, proteção e políticas públicas que assegurem os direitos dos povos originários, a preservação da Amazônia e o empoderamento das mulheres indígenas. Lutar por elas é lutar por toda a humanidade.