Hoje, 31 de março de 2024, são 60 anos do golpe militar no Brasil. O Sindsef-SP relembra a história do período sombrio para que nunca mais aconteça. Não é possível aceitar posturas relativistas ou conciliatórias quando o assunto é a ditadura militar.

Em 31 de março de 1964, tropas do exército, comandadas pelo general Olímpio Mourão Filho saíram de Juiz de Fora, em Minas Gerais, em direção à cidade do Rio de Janeiro, para derrubar o então presidente João Goulart do poder. A data marca o início dos 21 anos do regime militar.

Naquele ano, a democracia foi interrompida pela primeira vez desde que o Brasil adotou o presidencialismo, quando proclamou-se a República em 1889. Em seu lugar, vieram repressão, perseguição, prisões, torturas e assassinatos dos opositores, censura à imprensa e aos artistas contestadores, além da restrição de direitos políticos.

Quando tentam relativizar a gravidade do que aconteceu estão apagando a verdade. Ainda hoje a extrema-direita propaga a ideia de que os abusos praticados pelos militares foram necessários para conter uma suposta desordem. Mas, a história mostra o contrário e o que aconteceu é simplesmente inaceitável.

Neste sentido, o Sindsef-SP repudia o fato de o governo Lula ter determinado ao Ministério dos Direitos Humanos que cancelasse a solenidade sobre os 60 anos do golpe, que estava marcada para o dia 1° de abril, no Museu da República, em Brasília (DF). O evento homenagearia as vítimas e perseguidos pela ditadura.

Em respeito às vítimas e seus familiares, não podemos passar uma borracha nos crimes ocorridos no regime militar no Brasil. Manteremos a luta por memória, verdade, justiça e reparação, de forma independente.

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