É urgente barrar a nova Reforma Administrativa antes que seja tarde demais

COMPARTILHE

Compartilhe emfacebook
Compartilhe emtwitter
Compartilhe emwhatsapp
Compartilhe emtelegram

Como parte do calendário de mobilização contra a Reforma Administrativa, representantes de diversas entidades sindicais e parlamentares participaram, em 8 de julho, de um seminário convocado pela Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, em Brasília. O objetivo foi construir, com urgência, uma mobilização unificada capaz de enfrentar o projeto em curso no Congresso Nacional, que ameaça desmontar o Estado e retirar direitos históricos dos servidores públicos.

Durante o evento, foi denunciado que a proposta elaborada pelo Grupo de Trabalho coordenado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), retoma a essência da PEC 32, enviada pelo governo Bolsonaro em 2020, derrotada nas ruas e no parlamento em 2021. Agora, sob outra roupagem e com apoio do governo Lula, volta a avançar.

A proposta em elaboração não busca melhorar os serviços públicos nem enfrentar privilégios. Ao contrário, o que está em jogo é a entrega do Estado à iniciativa privada, que trata direitos sociais como mercadoria. Setores como Saúde, Educação e Previdência estão na mira dos interesses empresariais, que pressionam por mais espaço para lucrar em cima das necessidades da população.

A mobilização precisa ser agora. Os próprios servidores alertam que o governo federal já tem implementado uma espécie de “Reforma Administrativa por partes”, por meio de medidas infralegais, sem debate público nem enfrentamento institucional.

Atos nos corredores da Câmara e aeroportos

Ao fim do seminário, dezenas de servidores e servidoras ocuparam os corredores da Câmara dos Deputados, em um ato simbólico e combativo. Pela manhã, a mobilização já havia começado no aeroporto de Brasília, onde parlamentares foram recepcionados com faixas e palavras de ordem. A tática — que marcou a resistência vitoriosa à PEC 32 em 2021 — está de volta às ruas e corredores do Congresso.

Durante o protesto, servidores denunciaram o verdadeiro conteúdo da proposta: facilitar a privatização dos serviços públicos e favorecer empresários bilionários. Em coro, ecoaram gritos como: “Serviço público não é mercadoria!”, diante do gabinete de Hugo Motta.

A reforma administrativa representa um ataque frontal aos serviços públicos e aos direitos dos servidores. É preciso fortalecer a mobilização nas ruas, nas redes e nos locais de trabalho. Reforma administrativa não!

Leia também:

Reforma Administrativa planeja demissão de servidores

Alerta! Congresso quer votar Reforma Administrativa ainda este ano

GT da reforma administrativa na Câmara ecoa discurso neoliberal e exclui servidores

Reforma administrativa: governo Lula e Congresso avançam nas negociações para precarizar o serviço público

Acordão entre governo e congresso poupa o “mercado” e prepara mais um ataque aos serviços públicos e aos servidores

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

Reforma Administrativa planeja demissão de servidores

O Grupo de Trabalho (GT) sobre a reforma administrativa criado na Câmara dos Deputados já discute a possibilidade de demissão de servidores por insuficiência de desempenho, como parte de uma proposta que resgata o espírito da PEC 32/2020.