Servidores do DNIT rejeitam proposta de reestruturação de carreira do governo Lula

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Servidoras e servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) rejeitaram, por ampla maioria, a proposta de reestruturação de carreira apresentada pelo Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI). A decisão foi aprovada em assembleia virtual realizada no dia 31 de julho, convocada pelo Sindsef-SP.

Luis Genova, servidor do Ipen e Secretário Geral do Sindsef-SP, iniciou a assembleia criticando a política salarial do governo Lula. Segundo ele, o governo usa a necessidade real de reestruturação das carreiras para dividir os trabalhadores e, em seguida, apresenta propostas quase idênticas nas diferentes mesas de negociação, impondo um rigoroso regime de austeridade fiscal.

O governo Lula prometeu que não haveria perdas salariais entre 2023 e 2026, mas deixou de fora as perdas passadas e ignorou o aumento do custo de vida, o que resulta na redução do poder aquisitivo dos trabalhadores, após anos de congelamento salarial. Essa política continua beneficiando os mais ricos, enquanto a população e os trabalhadores públicos sofrem as consequências.

Para o Sindsef-SP é crucial reverter essa política econômica, que ataca os serviços públicos, precariza as condições de trabalho e mantém milhares de brasileiros à beira da miséria. Luis Genova destacou que outros setores também estão mobilizados em defesa de melhorias nas carreiras, como a área ambiental, que está em greve desde 1º de julho; o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que realiza a chamada Operação legalidade, com suspensão de atividades que caracterizam desvio de função; a Cultura, com uma paralisação de 48 horas realizada em julho pelos servidores do Iphan/SP; o Incra, com mobilizações semanais; e a Amazul, cujos trabalhadores iniciaram uma greve em 30 de julho.

Genova também criticou a postura do governo Lula, que tem sido intransigente e desrespeitosa com os servidores públicos federais em luta, judicializando e tentando cercear o direito legítimo de greve com multas diárias absurdas e cortes salariais.

Rejeição da proposta do governo

Os servidores destacaram que a proposta do governo não corrige as distorções existentes, não é atrativa para futuros servidores e não atende às reivindicações da categoria. Eles consideraram a proposta confusa e prejudicial e aceitar poderia significar ficar preso a um acordo desfavorável.

Os servidores alertaram que, sem melhorias na carreira, o esvaziamento do órgão será inevitável. “Muita gente nem vai tomar posse se não melhorar a carreira, pois já estão aprovados em concursos dos tribunais de contas estaduais ou em empresas públicas, com remunerações mais atraentes”, ponderou um participante.

Mobilização é essencial

A rejeição da proposta reforça a necessidade de mobilização contínua dos servidores para pressionar o governo a adotar uma política salarial justa e que valorize o serviço público.

O Sindsef-SP seguirá acompanhando as negociações e convoca os servidores a se unirem e participarem das atividades sindicais em defesa de seus direitos e por condições de trabalho dignas.

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