ABSURDO: Servidores do IBGE morrem carbonizados

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As vítimas participavam da brigada de incêndio do IBGE.  • Divulgação / Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

O Sindsef-SP manifesta profundo pesar e revolta diante da trágica morte de dois servidores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ocorrida na tarde da última terça-feira (29), em Brasília. Manoel José de Souza Neto e Valmir de Souza e Silva, ambos com 65 anos e mais de quatro décadas de dedicação ao serviço público, morreram carbonizados enquanto combatiam um incêndio florestal na área próxima à Reserva Ecológica do Instituto, às margens da rodovia BR-251.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, os corpos foram encontrados em meio a uma densa cortina de fumaça e sinais de incêndio ainda ativo. O Corpo de Bombeiros atuava na contenção das chamas quando as vítimas foram localizadas. Os servidores exerciam a função de Técnicos em Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas e Estatísticas — cargos estratégicos dentro do IBGE, que exigem conhecimento técnico e anos de experiência.

É inaceitável que trabalhadores com essa trajetória tenham morrido de forma tão brutal, em serviço, sem o devido suporte e proteção. Trata-se de uma tragédia anunciada, que evidencia o abandono institucional, a precarização do trabalho e o processo contínuo de desmonte do IBGE.

Desde os anos 1980, o Instituto tem sido alvo de cortes de pessoal e ataques à sua estrutura. De quase 16 mil servidores efetivos, hoje restam cerca de um terço. O número de terceirizados e temporários disparou, enquanto as condições de trabalho e os salários foram sendo corroídos.

O IBGE, órgão estratégico para o país, está sendo enfraquecido sob o falso argumento de modernização. As tentativas de transformar a instituição em uma fundação de direito privado — como no projeto “IBGE+” — colocam em risco a credibilidade dos dados estatísticos e a própria missão pública do órgão.

Essa tragédia precisa ser tratada como o que de fato é: um reflexo cruel da política de desvalorização dos servidores públicos e da lógica privatista que coloca a vida dos trabalhadores em segundo plano.

Por um IBGE público, estatal e a serviço do povo. Por respeito à vida dos servidores.

Com informações da CNN

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