Uma mistura de ficção, realidade e memórias. Cenas do agora e de filmes do passado que se fundem. Vozes que se misturam. Um pouco de entrevista transvestida de bate-papo. Outro tanto de conversas ao acaso. Um sonho que serve de desculpa para falar da vida. A existência que se alimenta da arte. A cultura que nos faz refletir. Esse emaranhado de escolhas e sensações faz o filme “Ensaio sobre o fracasso”, do cineasta Cristiano Burlan, acontecer.
Mais uma vez ela, a metalinguagem, o cinema falando do cinema. O ator André Gatti representa um projetista de cinema pornô do centro de São Paulo que quer fazer um filme. Com sua câmera, filma a cidade e suas particularidades; conversa com os amigos sobre suas ideias, as derrotas e a vida, entre eles estão: a atriz e cineasta Helena Ignez; o ator, diretor de teatro e escritor Mário Bortolotto; e o crítico de cinema Jean-Claude Bernardet, além do próprio Burlan.
Essas cenas dividem espaço e falas com outras dos mais variados filmes de diferentes períodos e diretores, como Jairo Pereira (O vampiro da cinemateca, 1977), Zé do Caixão (Trilogia do Terror, 1968), Rogério Sganzerla (Documentário, 1966), Jean-Luc Godard (Masculin Féminin, 1966), Yasujiro Ozu (Tokyo Story, 1953) e Martin Brest (Um tira da pesada, 1984).
Um filme experimental que vale a pena ser visto e está disponível gratuitamente na plataforma Cinema em Casa do Sesc até 31 de julho: https://sesc.digital/…/cinema…/ensaio-sobre-o-fracasso
Outros filmes do diretor – “Construção”, “Mataram meu irmão” e “Elegia de um crime” – podem ser vistos até 27 de julho na mesma plataforma: https://sesc.digital/colecao/cinema-em-casa-com-sesc
Contribuição do Coletivo de Comunicação do Sindsef-SP
