Dando continuidade nas mobilizações contra a retirada de direitos, as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação aprovaram a realização, em 12 de junho, de um dia de luta nos estados.
O objetivo é estimular as diferentes lutas em curso ou em preparação, buscando apoiá-las de todas as formas que estiverem ao alcance das entidades. Nesta data as entidades nacionais estarão em Brasília entregando as assinaturas do abaixo-assinado pela anulação da reforma da previdência de 2003.
Nos estados, os servidores realizarão atividades em defesa das reivindicações da campanha salarial, pela anulação da reforma da previdência, contra o desmonte do serviço público e pela revogação da lei da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
A orientação é que esse dia de luta seja incorporado por todos os setores. “Que as entidades busquem construir atividades, nos limites que a realidade permitir, em apoio ao funcionalismo [anulação da reforma da previdência de 2003], mas também em defesa das demandas de cada setor. Podemos e devemos aproveitar este dia para levantar as bandeiras de rechaço ao PL 4330 (terceirização), fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, etc.”, destacou Zé Maria.
O Espaço de Unidade de Ação se reuniu no último dia 15 de maio e contou com a participação da CSP-Conlutas, Condsef, Andes-SN, Fenasps, Fasubra, Cpers, Anel e a A CUT Pode Mais.
Balanço da marcha em Brasília
Os presentes fizeram uma avaliação da marcha e consideram a atividade vitoriosa, com destaque para a representatividade e número de pessoas – mais de 20 mil pessoas. Constataram que é possível unir setores e lutar contra o modelo econômico aplicado no país e ao mesmo tempo ser um contraponto ao governo Dilma (PT) e ao governo do PSDB.
A marcha também possibilitou a abertura de diálogo com o governo que recebeu para conversar entidades ligadas ao movimento do campo e ao movimento sindical.
“Os processos de negociação abertos a partir da marcha só terão chance de gerar qualquer resultado minimamente positivo, se nós continuarmos e intensificarmos a luta nas ruas e nos locais de trabalho”, disse o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Zé Maria de Almeida. “Sem isso, a negociação não vai passar de conversa fiada “para boi dormir”, frisou o dirigente.
Por isso, as entidades salientaram a importância da continuidade da jornada de luta com a realização de um dia de mobilização em 12 de junho.
Outros encaminhamentos
As entidades presentes destacaram as lutas nos setores da Educação com uma jornada de mobilização de 20 a 24 de junho. A luta contra as privatizações, além de uma jornada contra os grandes eventos – Copa do Mundo e Olimpíadas – para 14 de junho.
Confira o relatório completo da reunião com o detalhamento das atividades clicando aqui.
Fonte: www.csp-conlutas