15 de abril – Milhares protestaram contra o PL 4330

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15 de abril – Dia Nacional de Paralisações, foi marcado por paralisações e atos em ao menos 23 estados e no Distrito Federal. Uma data para entrar para  história da luta dos trabalhadores. As mobilizações que se espalharam pelo país unificaram diversas entidades sindicais e movimentos sociais  contra o PL 4330.

Os protestos começaram ainda na madrugada de quarta-feira: Milhares de trabalhadores fizeram paralisações, bloqueios de rodovias, atos públicos e outras atividades para denunciar o PL das terceirizações e pedir seu arquivamento.

Em São Paulo ocorreu um ato unificado que reuniu  centrais sindicais como CSP-Conlutas, CUT, CTB, Nova Central, Intersindical, e movimentos sociais – MST, Anel, Quilombo Raça e Classe, entre outros. Servidores da base do Sindsef-SP também participaram do ato. Segundo os organizadores cerca de 20 mil pessoal saíram em passeata do Largo da Batata, local da concentração, até à FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na Av. Paulista.

Os manifestantes enfrentaram o longo percurso em baixo de forte chuva. A palavra de ordem mais entoada foi “pode chover, pode molhar, só não pode terceirizar”.

Ao mesmo tempo que inúmeras manifestações acontecia pelo país,  o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), retirou o projeto da pauta de votações da sessão prevista para aquele dia. Cunha esperava concluir essa semana a votação dos destaques que podem alterar o projeto.

“Esse recuo em Brasília não veio de graça. Pelo contrário, reflete a pressão do movimento popular e dos trabalhadores. Por isso, é importante que desde já as centrais sindicais se organizem para preparar uma grande greve geral para barrar não apenas o PL 4330, mas também as medidas provisórias 664 e 665 do governo Dilma, que representam um duro ataque aos trabalhadores”, afirmou Altino Prazeres, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que falou em nome da CSP-Conlutas, durante o ato no Largo da Batata.

 

Leia a declaração da Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas sobre as mobilizações do dia 15 de abril.

Declaração da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas

 Às organizações sindicais, populares e da juventude brasileiras

As paralisações e manifestações ocorridas no último dia 15 de abril demonstraram a disposição da classe trabalhadora brasileira, com apoio de organizações da juventude e movimentos populares, de resistir às investidas patronais, do Poder Legislativo e do governo contra direitos adquiridos pela população brasileira, ao custo de muito suor e sangue da nossa classe.

Milhões paralisaram suas atividades e protestaram contra o PL 4330 das terceirizações e as Medidas Provisórias 664 e 665, que impõem pesadas perdas aos trabalhadores e à população, ao modificarem as regras do seguro-desemprego, do auxílio doença, da pensão por morte, da licença saúde, do seguro defeso e do auxílio reclusão.

As ações do dia 15 foram de qualidade bastante superior, na sua extensão e no envolvimento dos trabalhadores, se comparadas aos dias de luta organizados anteriormente. De nossa parte ajudamos a construir mobilizações nos dias 6 e 26 de março e também uma jornada de lutas de 7 a 9 de abril, junto com a mobilização dos servidores federais e outros setores. O dia 15 superou as iniciativas individuais das centrais e movimentos sociais, reeditou as mobilizações e a unidade alcançada nos dias de paralisação nacional de 11 de julho e 30 de agosto de 2013.

Com isso, a luta por derrotar o PL4330 e as MPs 664 e 665 transformou essas bandeiras num programa de ação imediata dos trabalhadores e trabalhadoras.

Essa unidade é fundamental e não pode ser perdida. Ao contrário, devemos buscar avançar na unidade alcançada e construir as condições para a derrota desses projetos, que são tão nocivos aos interesses da classe trabalhadora.

É com essa disposição de luta e de unidade que a Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas reunida no dia 16 de abril se dirige à CUT, à CTB, à NCST, à Intersindical/CCT e aos movimentos populares, estudantis e sociais que organizaram as paralisações e manifestações do dia 15 e propomos a organização de uma greve geral nacional contra o PL 4330 e as MPs 664 e 665.

Entendemos que essa é uma necessidade de nossa classe e uma possibilidade concreta, se estiver alicerçada na unidade de nossas organizações, como fizemos no dia 15.

Entendemos que a data dessa paralisação deve levar em conta a sua preparação desde a base, envolvendo os trabalhadores, e a tramitação do PL 4330 nas casas do Congresso Nacional. Não confiamos nesse Congresso conservador e entendemos que, somente com pressão, e a organização da greve geral, poderemos derrotar esses projetos.

O chamado que aqui fazemos se estende às outras centrais sindicais (UGT, CSB, CGTB), correntes sindicais, organizações populares e estudantis que não estiveram conosco no dia 15.

Mas em particular nos dirigimos aos sindicatos filiados à Força Sindical, Central que deu apoio ao PL 4330, a partir de uma negociação construída na Câmara dos Deputados. Saudamos os sindicatos filiados à Força que rechaçaram esse acordo e participaram do dia 15 e nos somamos à exigência à direção desta Central de que rompa esse acordo e se some à construção da greve geral.

De nossa parte desenvolveremos todos os esforços para que essa ampla unidade seja alcançada e propomos a realização de uma reunião, no prazo o mais rápido possível, para definirmos uma iniciativa comum.

 

São Paulo, 16 de abril de 2015 

Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas 

 

Com informações da CSP-Conlutas

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