Ao mesmo tempo que milhares de servidores públicos federais vão sacudir a capital do país com mais uma grande marcha, vai acontecer em São Paulo um ato público para fortalecer a vigília à espera de uma definição do governo sobre a política de reajuste salarial.
O Ato Unificado do Funcionalismo Público Federal em SP será realizado a partir das 14 horas de amanhã, 15/08, em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), localizado na Rua Francisca Miquelina, nº123. Representantes de variadas categorias do serviço público estarão presentes junto aos trabalhadores, que vão levar faixas e bandeiras com suas reivindicações.
A mobilização faz parte da campanha salarial e será decisiva para forçar as negociações com o governo.
Enquanto isso em Brasília…
Trabalhadores de todo o país estão instalados em barracas no segundo “Acampamento da Greve”, desde segunda-feira, 13, na Esplanada dos Ministérios. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) deve realizar reuniões com os diversos setores em greve até sexta-feira, a fim de apresentar respostas – que podem ser positivas ou não – para as reivindicações contidas na pauta da campanha salarial unificada.
Estão previstas para hoje, 14, duas reuniões. A primeira tem como tema a Lei 12.277/10 que criou tabela salarial diferenciada para cinco cargos de nível superior do Executivo (Estatístico, Engenheiro, Geólogo, Economista, Arquiteto); a segunda vai tratar demandas dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Como parte do calendário criado pelo Fórum Nacional de Entidades, será realizada a marcha nacional em Brasília. Essa ação, assim como o acampamento até o dia 17 e as manifestações paralelas que vão acontecer em todo o Brasil, é uma resposta ao Governo Dilma pelo adiamento do anúncio da previsão orçamentária com despesas de pessoal para a Lei de Orçamento Anual (LOA), que deveria ter acontecido em 31 de julho, mas foi adiado para esta semana.
Se não houver avanços nas negociações com o MPOG, a tendência é que a greve dos 30 setores do funcionalismo público brasileiro continue firme e forte, com possibilidade de novas adesões.
Por Lara Tapety