2015 começou com grandes desafios. Vamos à luta!

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Este ano já começou com grandes desafios impostos aos trabalhadores de todo o país. A presidente Dilma mal tomou posse e já começou a concretizar novos ataques contra os direitos do povo. Será preciso muita organização de base e mobilização para conquistar os avanços almejados.

Antes mesmo do novo mandato, no final de dezembro de 2014, o governo anunciou de corte de R$ 18 bilhões em benefícios trabalhistas por meio de novas regras que dificultam a concessão do abono salarial, seguro-desemprego, pensão por morte e auxílio-doença.

Basta ver o ministério escolhido por Dilma para perceber que o discurso da campanha só visava ganhar votos. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, banqueiro do Bradesco, caberia em um governo de qualquer dos três candidatos de peso nas eleições 2014, seja Marina (PSB) ou Aécio (PSDB). O ministro da Educação, Cid Gomes, é conhecido pela afirmação de que professor deveria trabalhar por amor e não por salário. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, uma das maiores representantes do agronegócio no Brasil, encaixou-se bem na equipe do governo que, sem exagero, menos assentou sem terra na história desse país.

Frente a esta realidade, a CSP-Conlutas e outras entidades estão convocando uma reunião do “Espaço Unidade de Ação” para o dia 30 de janeiro, em Brasília, véspera da plenária nacional dos servidores públicos federais. O objetivo é preparar as ações de resistência da classe trabalhadora para o ano, debater o cenário político e econômico, avançar em políticas concretas de organização e mobilização, organizando um campo de luta de enfrentamento às políticas patronais e governamentais nocivas aos trabalhadores.

CAMPANHA SALARIAL DOS SPFs – Apesar de a presidente Dilma assegurar às centrais sindicais de sua base, como a CUT, que sua intenção é manter diálogo permanente para discutir demandas dos trabalhadores, incluindo a busca pela regulamentação definitiva da negociação coletiva no setor público, isto não é verdade.

Continuam sem avanço as negociações de muitas cláusulas do acordo firmado durante a greve de 2012, a exemplo do reajuste de benefícios para o Executivo. Este item continua como uma das prioridades na campanha salarial unificada 2015, cujo data de lançamento deve ser discutida durante a reunião do Fórum de Entidades Nacionais do Serviço Público Federal, agendada para a próxima sexta-feira, 09/01. Apenas a última parcela do reajuste de 15,8% escalonado em três anos (abaixo da inflação no período), e que foi considerado conquista diante da política de reajuste zero do governo, será paga em fevereiro. 

A pauta de reivindicações unificada continua contando com a busca por uma política salarial com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; data base em 1º de maio; isonomia dos benefícios entre os Três Poderes; luta pela retirada de projetos que prejudicam a categoria e aprovação daqueles que preservam direitos dos trabalhadores; mudanças nas regras para aposentadoria com média dos pontos dos últimos cinco anos da avaliação de desempenho e incorporação de gratificações.

RESISTÊNCIA EM OUTROS SETORES – Os enfrentamentos já começaram em diferentes setores. Na última terça-feira, 06/01, os trabalhadores da Volkswagen de São Bernardo, região do ABC paulista, decidiram em assembleia iniciar uma greve por tempo indeterminado contra as cerca de 800 demissões anunciadas pela empresa aos trabalhadores por telegrama.

O que isso tem a ver com a política nacional? As montadoras de veículos receberam mais de 27 bilhões de reais de recursos públicos (redução de impostos e outros benefícios) nos últimos 10 anos, sob justificativa de “garantia do emprego dos trabalhadores”. É evidente que o governo pode tomar uma iniciativa para proibir as demissões. Esta luta contra as demissões é também uma luta de toda a classe trabalhadora contra o corte de direitos trabalhistas e sociais.

Paralelo a isso, foi iniciada a resistência contra o aumento das tarifas de transporte coletivo. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o governador do Estado, anunciaram o aumento das passagens de R$3,00 para R$3,50, um reajuste de 16,67%, mais que o dobro da inflação. A primeira manifestação do ano está prevista para do dia 9 de janeiro, em frente ao Teatro Municipal, a partir das 17h.

 

 

Foto: Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos do ABC/Edmilson Magalhães
Texto: Lara Tapety 

 

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