25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha

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Em 25 de julho celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. No Brasil, a data também homenageia a guerreira e líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência do povo negro.

Esta celebração conquistou espaço no calendário de lutas dos movimentos de mulheres e de combate ao racismo. Não sei como resistiu e nem quais as recordações que guardas em seu intimo. Mas, se você chegou a julho de 2022, és vitoriosa!

Reconhecer e celebrar essa vitória, não tem a ver com romantizar o cotidiano sofrido das mulheres pretas. Trata-se apenas de celebrar a vida, a nossa vida, onde os corpos negros deixem de ser constantemente:

Brutalizados.
Assassinados.
Encarcerados.
Estuprados.
Silenciados.
Invisibilizados.

Cada uma, a seu modo, luta para superar esta sociedade racista, machista e misógina.
Queremos reconhecimento: por nossa contribuição, por nossa luta e por nosso lugar na história.

Somos, e geramos, a mão de obra que move o desenvolvimento do país, mas que é tratada como a mão de obra mais barata do mercado e como se não fosse merecedora de respeito e dignidade.

O capitalismo combinado com o racismo, joga os corpos pretos, com destaque para as mulheres pretas, nas piores estatísticas de indicadores sociais do país.

Não podemos esquecer, que apesar de já apontarmos como maioria nas universidades públicas, de acordo com a pesquisa “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil” do IBGE, mulheres negras ainda recebem menos da metade do salário de homens e mulheres brancas no Brasil, independente da escolaridade.

Também são as negras, as principais vítimas de feminicídio, de violência doméstica, obstétrica e de mortalidade materna.

O sistema prisional também é seletivo e tem cor. De acordo com o Infopen Mulheres (2017), as mulheres encarceradas de cor/etnia pretas e pardas totalizam 63,55% da população carcerária nacional, ou seja, grande parte dos presídios femininos são compostos por mulheres negras.

Também assistimos com certa regularidade, o aprisionamento de jovens negros. Em muitos desses casos, os processos são conduzidos de forma irregular, com provas inconsistentes, onde os jovens em questão tem como único crime a cor da pele e ser morador de periferias/favelas. Ou quando são culpados, muitas vezes são aprisionados devido à participação no mundo do tráfico, roubos e furtos; relacionados diretamente à parte econômica, com destaque para o desemprego e a fome.

Seguimos e resistimos!

Erguemos nossas vozes e punhos contra essas violências!

Nos inspiremos em Tereza de Benguela, que frente a batalha contra a escravização, organizou, no quilombo Quariterê, um sistema de defesa capaz de combater seus algozes à época.

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