Como parte do Dia Nacional de Mobilização, o Sindsef-SP realizou, junto ao Sinsprev, um ato público para denunciar o desmonte e a falta de transparência financeira do plano de saúde dos servidores, o GEAP Saúde.
O protesto foi animado. Contou com a tradicional banda de fanfarra, enterro simbólico da saúde, com direito a caixão e boneco caricatura do falecido secretário das relações do trabalho do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, segurando uma placa com os dizeres: “vítima do sucateamento da GEAP”.
Não são poucos os casos de servidores que precisam de cuidados médicos e não conseguem atendimento pelo plano de saúde do setor. Nem o secretário do MPOG não escapou desta triste realidade.
“Duvanier aplicou uma política para desmontar a GEAP. Mas o destino lhe pregou uma peça. Quando teve um problema cardíaco e precisou ser socorrido nos hospitais de Brasília, a sua carteirinha da GEAP não foi aceita e, assim como muitos servidores públicos que dependem do plano, morreu porque não conseguiu ter o atendimento. O hospital que ele estava acostumado a ir fora descredenciado da GEAP”, lembrou o diretor do Sindsef-SP, Carlos Daniel.
O diretor também citou o caso de um companheiro da base do sindicato, do município de Pirassununga, que esperou 6 meses por um ‘stender’ solicitado pelo cardiologista e, como muitos outros, morreu na fila de espera porque o GEAP Saúde não autorizou a compra do equipamento.
Os servidores públicos federais pagam esse plano muito tempo e quando mais precisam utilizar, na ‘hora H’, têm a notícia de que os hospitais, os médicos e as clínicas são descredenciados. Isto é, tornam-se vítimas do sucateamento.
Para agravar tal situação, o governo entregou o controle do plano de saúde do servidor público federal como moeda de troca para um afilhado político do maior ícone da corrupção em São Paulo. A superintendência do estado está nas mãos de Roberto Godinho, que tem ligação com Paulo Maluf.
“Nós do Sindsef-SP, juntamente com os companheiros do Sinsprev, viemos aqui em frente ao prédio da GEAP, da mesma forma que outros sindicatos estão fazendo em todo o país, para dizer que nós não aceitamos que a nossa saúde seja tratada com descaso”, explicou Carlos Daniel.
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Por Lara Tapety