Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos estão em greve desde o dia 20/02. Nesta segunda-feira, 23, decidiram em assembleia manter o movimento contra os planos da montadora em demitir cerca de 800 funcionários na planta local.
Durante a paralisação, os trabalhadores permanecem dentro da fábrica, mas sem produzir um carro sequer. Com isso, deixam de ser produzidos 300 veículos por dia.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CSP-Conlutas, e representantes da GM reúnem-se, amanhã, dia 24, no Tribunal Regional do Trabalho – 15ª. Região (TRT), em Campinas, para uma audiência de conciliação. Uma comissão de trabalhadores acompanhará a audiência.
Na última reunião, a GM propôs a abertura de um novo lay-off por dois meses para 798 trabalhadores. Após esse período, todos seriam demitidos. Com a greve, a montadora fica legalmente impedida de realizar demissões.
O Sindicato concorda com a realização do lay-off, desde que haja garantia de estabilidade para todos os trabalhadores, ou seja, desde que não ocorra nenhuma demissão.
“Não há qualquer hipótese de aceitarmos demissões na fábrica. Desde sexta-feira, o Sindicato se colocou à disposição da empresa para dar continuidade às negociações, mas até agora a GM não se manifestou. A única saída para garantir o emprego desses trabalhadores é continuarmos com a greve”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
Em apoio à paralisação, representantes de diversos sindicatos e entidades estiveram presentes na assembleia realizada hoje como Metroviários de São Paulo, Petroleiros do Rio de Janeiro, Metalúrgicos de Ouro Preto, Divinópolis e São João Del Rey, Alimentação, Químicos e Correios de São José dos Campos e região, Correios de Santa Catarina, Federação Nacional dos Petroleiros, Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas do Vale do Paraíba, além de estudantes da USP e Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre).
Fonte: Sindmetalsjc.org.br
Fotos: Tanda Melo