Os Servidores Públicos Federais (SPFs) do estado de São Paulo aprovaram, por unanimidade, aderir a greve unificada da categoria a partir do dia 11 de julho. A deliberação aconteceu durante a Assembleia Estadual do Sindsef-SP, realizada dia 02 de julho, na sede do sindicato.
O objetivo é fortalecer e ampliar o movimento nacional e forçar o governo a atender as justas reivindicações da categoria. Após meses de negociações sem sucesso, onde a equipe do governo Dilma se nega a apresentar propostas concretas aos servidores, o funcionalismo não teve outro caminho e deflagrou uma greve nacional.
O ponta pé inicial foi dos docentes das universidades federais, base do ANDES-SN. A greve paralisou 57 universidades federais por todo o país. Em seguida os técnicos-administrativos (Fasubra) e os Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), engrossaram o movimento.
Em junho foi a vez do Judiciário, que aderiu ao movimento com o mote “Sem negociação não vai haver eleição”. Na administração pública, base da Condsef, a greve já atinge 26 categorias, em 22 estados e Distrito Federal.
Os servidores da base do Sindsef-SP deram um importante passo e aprovaram, por unanimidades os seguintes encaminhamentos:
1. Deflagração da greve por tempo indeterminado no Serviço Público Federal no Estado de São Paulo a partir do dia 11/07, seguindo o movimento nacional;
2. O Comando Estadual de Greve/Mobilização será formado por dois representantes de cada órgão que entrar em greve;
3. Cada órgão elegerá o comando local dos órgãos em greve;
4. Esta assembleia delibera que a partir do dia 11/07 estamos em assembleia permanente, tanto nos órgãos como na assembléia geral e estadual;
5. Participação nas atividades nacionais dentro das possibilidades financeiras da entidade, sendo que envidaremos todos os esforços para seguir o calendário nacional;
6. Ato na porta da GEAP no dia 17/07 em conjunto com outras entidades;
7. Participar das Reuniões da Coordenação Estadual das Entidades de São Paulo buscando a unificação das lutas no Estado;
8. Rodada de assembleias nos locais de trabalho;
9. Discutir a pauta específica nos órgãos com o objetivo de combinar com a pauta geral já aprovada nacionalmente e apresentada ao Governo no início da Campanha Salarial;
10. Constituição de um Fundo de Greve para ajudar na realização das atividades;
11. Reivindicar da Condsef a anulação do acordo das horas no MTE por representar um ataque ao direito de greve e a aposentadoria, considerados como direitos constitucionais;
12. Ingressar com uma ação contra o reajuste proposto pela GEAP com autorização individual dos servidores que queiram ser representados na ação.