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“Este é o primeiro passo rumo a construção de uma greve com uma pauta unificada… Vamos dizer para o governo Dilma que a nossa paciência já esgotou”, com estas palavras Ismael Silva, Secretário Geral do Sindsef-SP, arrancou aplausos dos servidores federais que participavam do Ato realizado nesta sexta-feira, 20/03, em frente ao Fórum Pedro Lessa, na Av. Paulista.
O protesto reuniu servidores de diferentes órgãos e representantes do Sindsef-SP, Sintrajud, Sinsprev, Sinal, Assibge e da CSP-Conlutas. Aposentados e pensionistas também mostraram sua indignação com a política de arrocho salarial do governo Dilma.
A mobilização fez parte da Campanha Salarial Unificada de 2015 e funcionou como uma vigília para acompanhar os desdobramentos da reunião que acontecia entre o governo e o fórum dos federais, em Brasília.
Alguns servidores compartilharam sua insatisfação e os problemas enfrentados nos locais de trabalho. O ativista Gama, servidor do IPEN (Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares), contou sobre a mobilização que está acontecendo no Instituto para reverter o corte da Gratificação Específica de Produção de Radioisótopos e Radiofármacos (GEPR).
Na calçada em frente ao Fórum Pedro Lessa, os manifestantes distribuíram uma carta à população explicando os motivos do protesto e, ao microfone, expressavam sua indignação com as constantes denúncias de corrupção, contra as MPs 664 e 665 que retiram direitos básicos dos trabalhadores e contra o corte no orçamento que penaliza a população mais carente.
Em todas as falas um tema era recorrente… É preciso unificar as lutas para enfrentar os ataques do governo. A afirmação ganhou mais força com os informes que foram chegando da reunião do Fórum das Entidades Federais com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
O ministro sinalizou com a possibilidade de um acordo em quatro anos, mas não apresentou nenhum índice e já antecipou que o Planalto considera os 27,3%, reivindicados pelos servidores, inaceitável.
“Se não nos mobilizarmos não vamos conseguir nada”, falou o Aparecido Salles, dirigente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central.
Os ativistas criticaram severamente as prioridades do governo e mandaram um recado: “Vamos para Brasília, de 7 a 9 de abril, para dizer ao governo que nós não construímos está crise e não vamos pagar esta conta”, falou Ismael Souza.
Todo apoio a greve dos professores estaduais
Vários grupos de professores estaduais, que entraram em greve no dia 16/03, eram aplaudidos ao passarem pela manifestação dos SPFs. Eles se dirigiam para a assembleia da categoria que acontecia perto dali, no vão livre do Masp, e depois saíram em passeata em direção à Praça da República.