Ato unificado dos servidores federais marca jornada de lutas em São Paulo

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Entidades convidaram os trabalhadores para a Marcha em Brasília

Trabalhadores e trabalhadoras tomaram conta do pátio do Tribunal Regional Federal de São Paulo entre 12 e 14 horas de hoje, 15.  Tratava-se do Ato Unificado dos Servidores Públicos Federais.

Em campanha salarial, os servidores denunciam que o governo Dilma pretende congelar o salário do funcionalismo público durante 10 anos – o que, de forma geral, vem acontecendo desde 1995.  Durante as intervenções, os intergrantes de diversas entidades presentes na atividade deixaram claro que os servidores e as servidoras têm muitos motivos para lutar juntos e reivindicar seus direitos. Entre estes motivos estão o congelamento salarial, precarização das condições de trabalho, assédio moral, o corte de R$55 bi no orçamento da União, projetos de leis que atacam os direitos dos trabalhadores, enfim, a política do governo contra os servidores e todos que precisam do serviço público.

Carlos Daniel, diretor do Sindsef, afirmou que  os servidores do poder executivo estão há muitos anos sem reajuste e lembrou que a presidente, os deputados e senadores se deram R$26.700,00 de aumento em 1º de janeiro de 2011 e à título desse aumento eles dão o nome de subsídio. “No [dicionário] aurélio, quando a gente abre está escrito ‘quantia modesta para uma vida simples”, explicou.

O diretor do Sindsef relatou ainda a situação dos servidores e comparou-a com a realidade dos políticos.  “Quando a senhora Dilma adoeceu ela foi tratada no Sírio Libanês, mas quando nós, que defendemos a coisa pública adoecemos, a gente fica nas filas dos hospitais, sem direito à saúde”, disse. E completou: “Hoje é um dia de revolta, porque nós, servidores federais, não vamos aceitar que eles tenham uma vida palaciana como se vivessem na monarquia, enquanto nós somos humilhados. Chega de congelamento de salários!”.

Sales, do Sinal, afirmou que aqueles que fazem funcionar a máquina pública estão sendo tratados da pior maneira possível. Para ele, a presidente não pode enrolar os trabalhadores como fez na reunião de ontem entre governo e entidades nacionais. Segundo Sales, na reunião Sérgio Mendonça, o novo secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, falou para todas as categorias que vai negociar até agosto. Dessa forma, passaria o prazo da Lei Orçamentária Anual (LOA).

Inês de Castro, do Sintrajud, falou do congelamento salarial e ressaltou que esse governo tem aplicado aos trabalhadores uma política sistemática de assédio moral. “Nós sabemos que essa não é uma política voltada somente para o judiciário federal, infelizmente é a política do governo para todo o serviço público. Nós sabemos que muitas de nossas categorias têm lutado por uma carreira que dignifique o nosso trabalho e, infelizmente, esta luta está ficando cada dia mais distante. É o assédio e a terceirização que a gente tem visto sendo aplicado por este governo”.

Em nome da CSP-Conlutas, Ana Luiza afirmou que a a defesa incondicional do serviço público é uma luta de toda a classe trabalhadora. “Os grande empresários, banqueiros, deputados, ministros, os poderosos não utilizam o serviço público, quem utiliza o serviço público é a classe trabalhadora”, falou garantindo o apoio da Central aos servidores.

Estiveram presentes representantes de diversas entidades, entre elas a CSP-Conlutas, Fenasps, Fenajufe, Sinal, Sinasempu, Sindfisco, Sindsef, Sinsprev, Sintrajud, Sintufscar, Assipen e Assincra.

O ato fez parte da Jornada de Lutas, iniciada nesta última segunda-feira, 12, que está acontecendo em todo o país. Em São Paulo, o Sindsef realizou, ainda, atos pela manhã no IBAMA e no MTE.

Os manifestantes reafirmaram o compromisso de fortalecer a Marcha em Brasília no dia 28 de março.

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