Campanha Salarial 2014 dos SPFs: Atividades em Brasília reafirmam indicativo de greve para março

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Dando prosseguimento aos eventos que marcaram a abertura da Campanha Salarial 2014 dos Servidores Públicos Federais, aconteceu o seminário sobre a dívida pública brasileira e uma plenária com o Fórum das Entidades Nacional dos SPFs, respectivamente nos dias 06 e 07/02. Diretores do Sindsef-SP estiveram presentes nas atividades.

Dívida Pública

Servidores de diversos estados do país lotaram o auditório Nereu Ramos, da Câmara Federal, para discutir a dívida pública a partir da exposição da Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli. (Veja aqui a palestra de Fattorelli durante o IX Congresso da Condsef, no final do ano passado).

Segundo a coordenadora, enquanto a dívida absorverá mais de 42% dos recursos orçamentários em 2014, a saúde ficará com menos de 4% e a educação com pouco mais de 3%. Os transportes receberão apenas 1% dos recursos e a segurança pública bem menos: 0,35%.

Fattorelli expôs os motivos pelos quais o Brasil, sendo a sétima economia mundial, vive um paradoxo social tão intenso, impedindo vida digna à maior parte da população, e demonstrou como a ferramenta da auditoria poderia modificar esse quadro, citando o exemplo do Equador, que eliminou mais de 70% de sua dívida pública e transformou o gasto que tinha com a mesma em investimento nas áreas sociais.

A Auditoria Cidadã da Dívida desmente o discurso do governo de que os servidores públicos seriam os responsáveis pelos déficits nas contas públicas, mostrando que, na realidade, o rombo das contas está na dívida pública, que nunca foi auditada, como manda a Constituição Federal, há 25 anos descumprida neste aspecto. (Leia o artigo sobre o tema).

Para a servidora aposentada do IPEN e diretora do Sindsef-SP, Bernade Serafim, o seminário foi bastante esclarecedor. “É de grande importância que todos leiam e vejam o porquê devemos exigir que seja feita auditoria, pois só assim teremos recursos para aumentar nossos salários, melhorar a saúde e a educação públicas, enfim, valorizar o serviço público e os servidores”.

Plenária dos SPFs

As atividades de articulação nacional da Campanha em Brasília, iniciadas no dia 05/02, foram encerradas na sexta-feira, 07/02, com a Plenária do movimento, realizada no auditório do Sindsep-DF.

Entre os temas discutidos estava o indicativo de greve dos servidores e as novas atividades a serem realizadas para intensificar a mobilização. Está prevista uma marcha em Brasília até o dia 19 de março.

O balanço das atividades da semana passada e a reunião da próxima quarta-feira, 12/02, com o Senador Romero Jucá (PMDB-RR) para combater sua minuta que ataca o direito de greve dos servidores públicos foram os principais destaques dos informes.

O Fórum Nacional em defesa dos servidores e serviços públicos volta a se reunir no dia 18 de março.

Construção da greve

A Campanha Salarial 2014 já está nas ruas. A pauta de reivindicações foi entregue ao governo, os fóruns estaduais estão em processo de reuniões e novas ações já começaram a ser planejadas.

A greve geral do funcionalismo público federal está em construção. O Sindsef-SP faz parte do segmento representado pela Condsef, que atinge 80% dos trabalhadores do Poder Executivo e terá uma plenária do dia 20 de março com adesão ao movimento grevista em pauta.

Antes disso, é possível que outros setores já estejam de braços cruzados. A Fasubra já aprovou seu indicativo de deflagração da greve para 17 de março, em plenária realizada no último domingo, 09/02. O Andes-SN vai debater o tema a partir desta segunda-feira, 10/02, em seu congresso. O Sinasefe fará o mesmo nos dias 22 e 23 de fevereiro.

Na Copa, vai ter luta!

O movimento dos SPFs não está isolado. O ano de 2014 iniciou com explosões de protestos e greves em outras categorias, como os trabalhadores rodoviários do Rio Grande do Sul, dos servidores de hospitais federais no Rio de Janeiro e trabalhadores dos Correios. Todas são formas de manifestações legítimas por reivindicações justas e urgentes.

No ano da Copa do Mundo no Brasil, o povo vai às ruas protestar diante das injustiças por parte dos governos, dos altos gastos com a construção dos estádios para o megaevento, a corrupção e o pagamento da falaciosa dívida pública, em detrimento ao caos nos transportes, na educação e na saúde públicos. Não será a criminalização das lutas e da pobreza que vai calar as vozes dos trabalhadores!

O Sindsef-SP chama todos e todas a construírem uma grande mobilização, jogando juntos, em torno da pauta unificada de reivindicações dos servidores e das lutas da população. 

 

 

Por Lara Tapety
*Com informações do Sinasefe, da Condsef e da Auditoria Cidadã da Dívida
Foto: Mário Rufino Júnior/Sinasefe

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