Centrais se reuniram para avaliar Greve Geral e planejar próximos passos da luta

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As dez Centrais Sindicais se reuniram na tarde dessa segunda-feira (17), na sede do Dieese, para avaliar a mobilização nacional de 14 de Junho e preparar as próximas ações contra os ataques do governo Bolsonaro.

Além disso, foi discutida a relatoria da proposta da Reforma da Previdência com as alterações apresentadas por Samuel Moreira (PSDB) na terça-feira (13).

Nada a negociar – No início da reunião, Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) listou as principais alterações na proposta da Reforma da Previdência.

Na prática, o que se vê nesse novo relatório são ainda valores dos benefícios rebaixados, aumento no tempo de contribuição para 20 anos e 40 para aposentadoria integral, além de outros pontos que são um verdadeiro ataque aos trabalhadores.

A pauta deve voltar à comissão para votação ainda antes do recesso no Congresso, previsto para ter início em 17 de julho e é preciso avançar nas mobilizações antes desse prazo.

Avaliação da luta – A Greve de modo geral foi avaliada positivamente, como um forte dia de luta com diversos trancaços de vias, manifestações de rua e paralisação em importantes setores e serviços no país.

Para a realização desse dia, as centrais avaliaram que a unidade foi fundamental. E que esse trabalho em conjunto foi responsável por um resultado que superou expectativas.

Estima-se, segundo cálculo das Centrais, que mais de 45 milhões de trabalhadores, de todos os estados mais o Distrito Federal, tenham aderido fortemente à Greve. Em 19 capitais, o sistema de ônibus foi afetado parcial ou totalmente durante o dia.

Trabalhadores em Educação, dos Correios, servidores públicos, bancários, metalúrgicos, petroleiros, trabalhadores do campo, da Construção Civil, entre outras categorias pararam no dia 14 de Junho. 

“No norte, no nordeste, em cidades de São Paulo, foram importantes as paralisações no setor de transportes. Os metalúrgicos pararam as fábricas em diversas cidades do país, e esse foi um importante e primeiro recado dado ao governo Bolsonaro que quer nos condenar a trabalhar por 40 anos em um país de desemprego nas alturas com alta rotatividade e informalidade”, destacou o dirigente da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, durante o dia de Greve Geral.

Na capital de SP, os metroviários pararam contrariando a determinação arbitrária da Justiça contra a paralisação. No entanto, representantes das Centrais consideraram o recuo na decisão de parar os serviços de ônibus um dos pontos negativos do dia de Greve.

Ricardo Patah, presidente da UGT, expôs que a central não enquadra seus sindicatos, dizendo que “essas entidades sabem de suas responsabilidades e que isso não tirou o brilho da unidade nessa Greve Geral”. Ele admitiu considerar que a ausência dos trabalhadores condutores de ônibus e da rede ferroviária não permitiu, nesse sentido, uma paralisação tão forte como a que ocorreu em 2017, mas que ainda assim faz uma leitura positiva do dia de luta.

Atnágoras reforça o posicionamento da CSP-Conlutas que não aceita nenhuma negociação de retirada de direitos, destacando que nada está dado para a classe.

“Com todas nossas diferenças, temos necessidades e elementos objetivos na luta. Certamente essa greve é diferente da de 2017, quando enfrentamos um governo em frangalhos. Hoje lutamos contra ataques de um governo que ainda possui cerca de 30% de aprovação. Por isso precisamos seguir ocupando espaço na opinião pública”, pontuou o dirigente.

Plano de lutas – A CSP-Conlutas apresentou sugestões de iniciativas para dar prosseguimento à programação de mobilização.

Atnágoras apontou a necessidade de uma declaração pública das Centrais, citando o balanço político das entidades, reafirmando que o caminho se dará nas ruas, com nova Greve Geral se necessário nesse processo de lutas.

Confira o documento em PDF: Nota das Centrais Sindicais sobre a Greve Geral do Dia 14J 

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