Continuidade da greve por tempo indeterminado é aprovada por unanimidade no IPEN

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Em assembleia realizada hoje, 21/08, mais de 200 servidores do IPEN aprovaram por unanimidade a continuação da greve.

Na semana passada, quando se esperava que o Governo Dilma negociasse de fato a pauta da campanha salarial unificada do funcionalismo público federal, os servidores fizeram uma semana de greve por tempo determinado. Agora, o movimento não tem data para acabar.

Os grevistas do IPEN rejeitaram a proposta do governo de reajuste de 15,8% dividido em três anos, porque não foi garantido que o valor será vinculado ao salário-base. Assim, o aumento, além de desconsiderar as perdas inflacionárias do período entre 2013 e 2015, não vai beneficiar os aposentados.

“Nós teremos uma reunião amanhã com o governo. Os nossos representantes vão defender que o aumento de 15% venha sobre o salário-base, para contemplar os aposentados. Os aposentados não ganham as gratificações que recebemos, se o reajuste for sobre gratificações, eles são prejudicados”, explicou o servidor e aniversariante do dia, Cláudio Manoel.

Ainda de acordo com Cláudio, conhecido como Gama, a proposta para a área de ciência e tecnologia é diferente daquela apresentada aos docentes das instituições federais de ensino, porque a proposta para os docentes tem a variação nos níveis da tabela salarial. “Porém, como a tabela deles é muito inferior a nossa, o reajuste ainda é pouco”.

A respeito da gratificação de qualificação, o governo apresentou uma proposta de acordo com a que foi entregue pelo Fórum de C&T. No entanto, o consenso neste ponto nada tem a ver com a greve. “São duas coisas distintas, isso é uma dívida do governo de 2008, que ele não regulamentou e vai regulamentar agora depois de quatro anos. A greve é por reposição das perdas salariais”, afirmou Gama.

Ismael Andrade, técnico de manutenção do órgão, informou que na oficina quase todos aderiram ao movimento. Segundo ele, dentre os mais ou menos sessenta funcionários, apenas dois novatos – impedidos de fazer greve – junto a mais dois colegas, não pararam. “Sempre que há greve a oficina participa em peso, mas ninguém gosta de cruzar os braços. Se houvesse uma negociação decente, nenhum trabalhador precisaria fazer greve”.

 

 

Texto e foto: Lara Tapety

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