Contra o desrespeito de Dilma, servidores públicos voltam às ruas em todo país!

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Como parte do calendário de lutas em todo o país, servidores federais de São Paulo uniram-se a estudantes e trabalhadores, mais uma vez, para demonstrar sua insatisfação com a política econômica do Governo Dilma e reivindicar a negociação efetiva da pauta da campanha salarial unificada de 2012. 

A manifestação foi iniciada por volta das 14 horas no vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP), localizado na Avenida Paulista. Representantes das mais variadas categorias marcaram presença e falaram em apoio à mobilização do funcionalismo público. 

Felipe Atoline, servidor do INCRA em greve e diretor do Sindsef-SP, falou que a população vê uma propaganda maravilhosa do governo, mas quando procura atendimento nos serviços públicos encontra órgãos sucateados, com falta de condições de trabalho, falta de pessoal, de segurança, de equipamentos e até falta de higiene. Felipe denunciou que a reforma agrária está parada no Governo Dilma, relatou a greve no seu órgão e também no DNPM, onde trabalhadores travaram uma luta intensa contra o assédio moral e contra o loteamento político.

O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, destacou que o governo tem mentido para a imprensa dizendo que foram abertas concessões imensas para os trabalhadores do serviço público durante os dois mandatos de Lula no governo. Porém, os representantes de Dilma se esquecem de falar que os servidores públicos amargaram 10 anos de congelamento salarial e que, apesar daquele governo ter um dos maiores crescimentos econômicos da história do país, não investiu na saúde, na educação, nas políticas públicas, na área de saneamento e de habitação. Segundo Barela, o aumento do PIB “foi canalizado para pagar a dívida pública, para engordar ainda mais os bolsos dos grandes empresários, dos banqueiros e dos agiotas internacionais. O que foi dado para os servidores públicos foi uma miséria, as migalhas do crescimento econômico”. 

Gibran Jordão, coordenador geral da Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras), destacou que estão com mais de 60 instituições em greve, englobando trabalhadores dos hospitais e técnicos administrativos, e que não vão aceitar a política de reajuste zero do Governo Dilma. “No ano passado fizemos greve durante mais de 100 dias e o governo não nos recebeu nenhuma vez, assim como não cumpriu nenhum acordo das negociações que estamos estabelecendo desde 2007, referentes ao nosso plano de carreira. Este ano o movimento ganhou muito mais força, com a adesão de vários setores, construindo uma forte greve do funcionalismo. Seguimos pressionando o governo pelo atendimento de nossas reivindicações”.

Em nome da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres, ANEL, Arieli Moreira, saudou os participantes da manifestação: “A ANEL está ao lado dos trabalhadores lutando para que a gente tenha respeito e dignidade. Temos que exigir que o governo negocie e pare de enrolar os trabalhadores”. E cantou a palavra de ordem “A nossa greve unificou: é estudante, servidor e professor!”. 

O funcionário da empresa General Motors e diretor do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São José dos Campos, Eduardo Oliveira, afirmou que os servidores podem contar com a entidade e compartilhou a situação dos trabalhadores que correm o risco do desemprego.

“Os trabalhadores da GM estão em luta há quase 6 meses. Estamos indignados porque essa empresa tem recebido milhões de reais e dólares em incentivos fiscais, através da isenção do IPI, e ao final de tudo isso, coloca quase 2 mil pais de família no olho da rua. Nós também denunciamos o Governo Estadual, porque ele também já socorreu a empresa. Neste ato eu vi um cartaz dizendo que o governo tem dinheiro para mensalão, mas não tem para a educação. Tem que dizer também que o governo tem dinheiro para as montadores de veículos, mas não para os servidores e serviços públicos”, relatou Oliveira.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), representando por Natália Szermeta, também prestou solidariedade à greve nacional dos servidores. “Nós, que enfrentamos a especulação imobiliária nesse país, viemos aqui para dizer que estamos de mãos dadas com vocês nessa luta”, disse Natália. 

O ato contou com o apoio e a solidariedade internacional de Fernando Pita representando a Associação Gremial Docente da Universidade de Buenos Aires, ligada à CTA (Central dos Trabalhadores da Argentina).

Além do Sindsef-SP, CSP-Conlutas, Fasubra, ANEL, SindmetalSJC, MTST e CTA, também marcaram presença a CTB, FENASPS, Sinal, Sintrajud, Sinsprev, Sinagências, Sindsusep, Sintunifesp, Assibge, Apeoesp, Adunifesp, Sinasefe e representantes dos partidos políticos PSTU e PSOL.

 

Veja o vídeo sobre a manifestação:

Fotos: Lara Tapety

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