Em ato, funcionalismo reafirma a importância da unidade

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Representantes do Sindsef-SP, Sintrajud, Sinsprev, Sinal, Sindquinze, Assibge, SindSUSEP, CSP-Conlutas e do MML (Movimento Mulheres em Luta) se reuniram no pátio do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, localizado na Av. Paulista, para a primeira atividade unificada da Campanha Salarial dos Servidores Federais na capital paulista.

2014 é ano de copa do mundo, mas este evento não será capaz de aplacar a insatisfação da população. Não é por acaso que a palavra de ordem mais ouvida nos protestos é “Da Copa, da copa, da copa eu abro mão! Queremos mais dinheiro para saúde e educação!”. As mesmas que os servidores federais fizeram ecoar no TRF-3.

O Sindsef-SP contou com a presença de servidores da AGU, Ex-LBA, IBAMA e IPEN. Lado a lado trabalhadores aposentados e da ativa fizeram duras criticas a política econômica adotada por este governo, que segue privilegiando grandes empresários e banqueiros enquanto deixa em segundo plano as reais necessidades da população.

O corte de 44 bilhões no orçamento de 2014, anunciado recentemente pelo governo de Dilma, soa como uma afronta às reivindicações dos servidores. Enquanto o governo alega que não tem recursos para atender as demandas da categoria, segue com os altos gastos em estádios e ignorando os problemas gerados pela falta de investimentos em serviços básicos como saúde e educação.

O ato unificado reuniu diferentes setores do funcionalismo para defender a paridade entre ativos e aposentados, uma política salarial permanente, a antecipação para 2014 da parcela de reajuste prevista para 2015, pois a inflação já anulou qualquer ganho proporcionado pelo acordo assinado em 2012. 

Na avaliação do servidor da AGU, Gerson de Oliveira, a unidade demonstrada nesta atividade vai ser determinante para a categoria alcançar um resultado positivo. “Somente com todas as categorias juntas vai ser possível coseguir o que almejamos”, falou.

O diretor do Sintrajud, Antonio Melquiades, lembrou que este ano o calendário é apertado e falou da importância da unidade para a mobilização. “O reajuste concedido em 2012, ainda que pífio, foi uma vitória para a categoria, uma vez que foi a união dos servidores que fez com que a Dilma se dobrasse e conseguíssemos alguma coisa. Nosso tempo é curto, temos Copa do Mundo e eleições. Por isso, a necessidade de nos mobilizarmos desde já. Vamos agir com coordenação e unidade, entrando e saindo juntos da luta. Vamos exigir um serviço público padrão FIFA, a começar pela remuneração dos servidores”.

Criminalização das lutas

Apesar desta atividade ter transcorrido sem incidentes, os participantes não esqueceram da truculência policial recorrente nas diferentes manifestações que se espalham pelo pais. “Enquanto o estado é mínimo em direitos, ele é máximo na repressão”, criticou Erilza, falando pelo Assibge, referindo-se aos protestos contra as injustiças da copa. 

Carlos Daniel, servidor da área ambiental e diretor do Sindsef-SP, lembrou que as bombas não são restritas as manifestações contra os mega eventos. Segundo ele, “para o governo somos todos Black Bloc”. Tal afirmação é baseada na violência com que os servidores foram recepcionados no ato de lançamento da Campanha Salarial, realizado em fevereiro, no gramado do ministério do planejamento, em Brasília. “Este governo nos recebeu com bombas de gás”. 

“Até mesmo para uma atividade de aposentados, em protesto contra o aumento abusivo do plano de saúde GEAP, a polícia foi acionada e compareceu com três viaturas”, denunciou Bernadete Serafim, servidora aposentada do IPEN e diretora do Sindsef. “Qual ameaça os velhinhos de cabelos brancos poderiam representar?” questionou.

8 de março 

A servidora do judiciário, Ana Luiza, fez uma saudação em nome do MML e ressaltou a luta das mulheres “primeiro porque nós somos maioria esmagadora no funcionalismo e também nas filas em busca dos serviços públicos básico. Somos metade da população e mãe da outra metade, o que nos coloca 100% na luta”. Por tudo isso, Ana Luiza convocou todos os trabalhadores, mulheres e homens, para participaram do ato pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres, em 8 de março, a partir das 9h, no Masp.

“Não é só para ir às mulheres! É para ir todo mundo!”, continuou. Este ano, a campanha contra a violência as mulheres será o destaque das manifestações do 8 de março.

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