Entidades levam reivindicações do Espaço Unidade de Ação ao Palácio do Planalto

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Representantes de entidades que compõe do Espaço Unidade de Ação participaram nesta terça-feira (29) de uma audiência com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Os dirigentes apresentaram a pauta de lutas definida no Encontro Nacional, que aconteceu em março em São Paulo e reuniu mais de 2500 pessoas.

O documento apresenta reivindicações e denúncias acerca de temas como a destinação de dinheiro público para negócios privados nas obras da Copa do mundo, a necessidade de valorização e recuperação da perda dos aposentados, reversão do processo de privatizações, A luta contra diversas formas de discriminação – machismo, homofobia, transfobia, racismo -, A defesa e regularização das terras indígenas e quilombolas, O fim da criminalização dos movimentos sociais e desmilitarização da polícia e fim da violência policial contra manifestantes e, em particular, contra a população negra e das periferias.

O ministro Gilberto Carvalho reconheceu a importância das temáticas trazidas pelas entidades e sinalizou a possibilidade de se estabelecer uma discussão com o Espaço Unidade de Ação em torno de algumas questões. Outros pontos, como o problema relacionado aos territórios indígenas e quilombolas já vêm sendo acompanhados pela Secretaria Geral, segundo o ministro.

Carvalho comentou ainda que está prevista uma grande campanha de conscientização, para o período da Copa do mundo, contra o racismo, turismo sexual, o tráfico de pessoas e abuso infantil.

José Maria de Almeida, coordenador da CSP-Conlutas, cobrou do governo, em nome das entidades, celeridade e eficácia na solução dos problemas trazidos na pauta. De acordo com Almeida, as reivindicações levadas à Secretaria Geral da Presidência vêm de diversos movimentos sociais, sindicais e populares, que representam uma grande parcela da sociedade que está desassistida pelo Estado. “Boa parte da população vê a velocidade, eficiência e investimentos que foram aplicados às obras da Copa e querem o mesmo empenho do governo em resolver seus problemas e necessidades básicas, causados pelo total abandono e desmonte dos serviços públicos essenciais como saúde, educação, transporte e acesso à moradia”, comentou.

O representante da CSP-Conlutas ressaltou a importância de uma atuação eficaz do governo para garantir o direito de livre manifestação e organização à população e rechaçou a falta de reação do Executivo federal frente à escalada de violência policial e criminalização dos movimentos sociais, com o crescimento da repressão e judicialização das greves e perseguição de lideranças. “Não é possível que este governo não reabra uma discussão sobre o papel das polícias, que surgiram na época da ditadura como uma política de Estado. A polícia militar no Brasil já matou mais pessoas que a guerra no Iraque”, denunciou.

Greves


Durante a reunião, os dirigentes rechaçaram a postura intransigente do governo em não abrir negociação efetiva em torno da pauta dos servidores federais.

Representantes da Fasubra e do Sinasefe, em greve, solicitaram a Carvalho a atuação junto aos ministérios da Educação e Planejamento no sentido de abrir um canal de diálogo com os docentes e técnico-administrativos da Educação Federal.

O diretor do ANDES-SN, Josevaldo Cunha, cobrou ainda do ministro que interceda junto ao MEC para que a solicitação de audiência apresentada pelas entidades do setor da educação – ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe – seja atendida.

Zé Maria ressaltou ainda a necessidade pressão da Secretaria Geral nas negociações com os trabalhadores Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) que realizam paralisação e enfrentam a criminalização do movimento paredista e perseguição ás lideranças.

Gilberto Carvalho se comprometeu a interceder junto ao Mpog e MEC na tentativa de que as entidades sejam recebidas. 

O ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República disse buscaria atender à alguns dos pleitos apresentados, mas julgou necessário um novo encontro para aprofundar a discussão com as entidades. Uma nova reunião está prevista para após o término da Copa do mundo.

 

FONTE: ANDES-SN

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