Na segunda-feira, 31 de março, completam-se exatamente 50 anos da deflagração do golpe militar contra o governo de João Goulart. Importantes eventos serão realizados pela Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” para relembrar este lamentável episódio e todos os males causados pelo regime que durou 21 anos.
No dia 29, a partir das 14h, haverá uma audiência pública com o tema “Ditadura e Homossexualidade no Brasil”, no Memorial da Resistência. No dia 31, às 9h, vai ser realizado um ato público na antiga sede do DOI-Codi de São Paulo, hoje 36ª delegacia, na Rua Tutóia, nº 921. (Confira a programação completa)
Desde o fim dos Anos de Chumbo, em 1985, os movimentos passaram a se organizar para exigir reparação às vitimas da ditadura e punição aos torturadores. Após muitos anos de luta, o reconhecimento por parte do Estado e pelo movimento dos trabalhadores veio como uma grande vitória através dos processos de anistia.
É preciso ir além. É preciso regatar a memória do período da ditadura militar também fazendo paralelo entre o que aconteceu e o momento que estamos vivendo. Destacar a repressão, a perseguição e a criminalização daqueles que lutavam contra o regime e em defesa da democracia e, hoje, dos que lutam por investimento em serviços públicos, pela garantia do direito à livre organização e manifestação e, especialmente, por uma sociedade verdadeiramente justa. A Comissão da Verdade tem um importante papel neste sentido.
Nesta perspectiva, o Sindsef-SP lançou o encarte especial sobre os 50 anos após o golpe de 1964. O material mostra que, infelizmente, alguns fatos atuais têm tudo a ver com a ditadura militar e ressalta a importância de lutar para suprimir os resquícios deste período sangrento da história brasileira. (Acesse o encarte)