GM recua nas demissões e greve chega ao fim

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Após seis dias em greve, os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos levaram a montadora a recuar em seu plano de demitir imediatamente cerca de 800 funcionários. Os trabalhadores aprovaram em assembleia, nesta quinta-feira, dia 26, a proposta negociada nessa quarta-feira com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

A proposta inclui lay-off por cinco meses com garantia de retorno, mais três meses de estabilidade no emprego, para 650 trabalhadores a partir do dia 9 de março. Os dias parados não serão descontados dos salários, apenas compensados no decorrer do ano. Além disso, não haverá nenhum tipo de retaliação aos grevistas. A empresa também aceitou retirar o pedido de interdito proibitório.

Durante o período de suspensão de contrato de trabalho, os trabalhadores receberão o salário integral, com direito à PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Com isso, a greve iniciada dia 20 chegou ao fim. Esta foi a maior paralisação ocorrida na GM de São José dos Campos, nos últimos 12 anos.

A mobilização foi deflagrada em razão do plano de demissão para 798 trabalhadores. A montadora havia apresentado apenas duas alternativas para o Sindicato: a demissão coletiva imediata ou após um lay-off de dois meses. As duas propostas foram recusadas, dando-se início à paralisação.

Demitiu, parou
Este ano, duas das maiores montadoras do país – Volkswagen e General Motors – tentaram realizar demissões em massa, mas tiveram de recuar após os trabalhadores entrarem em greve.

“A força da luta derrubou as demissões, mas a campanha em defesa do emprego tem de continuar em todo o país”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

“Este cenário confirma a necessidade do governo federal tomar medidas imediatas em defesa do emprego. O Sindicato e a CSP-Conlutas defendem a edição de uma medida provisória, pela presidente Dilma Rousseff, garantindo estabilidade no emprego para trabalhadores de empresas que recebam incentivos fiscais, como é o caso das montadoras. Os ataques aos trabalhadores não podem continuar”, disse o secretário-geral da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Apesar dos incentivos recebidos no último ano (entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015) as montadoras fecharam 12,8 mil postos de trabalho.

Fotos: Tanda Melo

Fonte: Sindmetal.sjc.org.br


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