O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve anunciar nesta terça-feira (30) novas medidas fiscais para enfrentar a crise econômica global. Entre elas a de uma economia extra de R$ 10 bilhões nos gastos públicos e aumento de 3% para 3,3% da meta de superávit primário deste ano (economia que o governo faz para pagar os juros da dívida).
O anúncio do pacote ocorre um dia antes de o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reunir para decidir se aumenta os juros básicos da economia (a taxa Selic), que está em 12,5% ao ano.
Com essas medidas, o reajuste salarial do funcionalismo pode estar comprometido. Sem querer mexer nos investimentos e programas sociais, uma das armas será limitar o reajuste salarial dos servidores públicos federais neste ano e em 2012.
Apesar das insistentes declarações de que o Brasil estava mais preparado para uma crise econômica internacional, o governo não fez outra coisa em 2011 que preparar o país p ara uma recessão. E tomando medidas para salvaguardar os empresários e investidores, jogando os efeitos da crise nas costas dos trabalhadores.
Primeiro foi o corte de R$ 50 bilhões do Orçamento. Depois, o reajuste pífio do salário mínimo enquanto a economia registrava crescimento acelerado e os lucros das empresas só aumentavam. Mais recentemente, o governo vetou reajuste real das aposentadorias com o valor superior a um salário mínimo em 2012.
Além disso, o governo quer barrar a aprovação da PEC 300, que trata do piso nacional para policiais, e da Emenda 29, que estabelece percentuais mínimos a serem investidos na saúde.
Com informações do site do PSTU e Agência Brasil
Foto: Agência Brasil