A greve dos professores das universidades federais completa um mês hoje (17). Ainda não há nenhuma perspectiva para o fim do movimento até que o Ministério do Planejamento apresente uma boa proposta para o plano de carreira dos docentes, prometida para amanhã, terça-feira (19).
“Esperamos que o governo pare de enrolar e apresente uma proposta concreta. Esperamos que haja algo objetivo para que, a partir daí, possamos iniciar um processo de negociação. O fim da greve sequer está na nossa pauta”, disse à Agência Brasil o primeiro-vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Luiz Henrique Schuch.
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, disse que o governo se comprometeria a apresentar uma proposta para solucionar o impasse em torno da reestruturação da carreira, principal reivindicação dos professores.
Schuch também argumentou sobre o apoio da sociedade. “Temos recebido uma resposta de acolhimento por parte da sociedade. Esse é um movimento vitorioso porque a sociedade não se engana mais com discursos vazios. A sociedade está percebendo que a pior crise do país é a da falta de políticas públicas para a educação”.
A greve já atinge 55 instituições federais de ensino em todo o país. Também em busca da reestruturação de carreira, os servidores vinculados ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) anunciaram greve geral a partir de hoje (18), entre docentes e técnicos. A paralisação deve atingir 40 mil servidores.
Fonte: Agência Brasil