Os servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 25 de junho. A reestruturação do órgão e a equiparação salarial com agências reguladoras estão entre as principais reivindicações.
O movimento atinge todos os estados e conta com a participação massiva dos servidores. Em São Paulo, a paralisação afeta obras do Trecho Norte do Rodoanel, Hidrovia Tietê – Paraná e Transposição Ferroviária de Araraquara.
O Dnit é responsável pela construção, manutenção, restauração, duplicação e sinalização de rodovias, portos e hidrovias. Com o surgimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) os trabalhadores passaram a administrar projetos que valem bilhões. Porém, apesar da importância e da responsabilidade da autarquia não há investimentos em infraestrutura e nem em valorização dos servidores.
Até o momento o governo se mostrou inflexível e voltou a afirmar que não pode ir além do que foi negociado em 2012 com os demais setores do funcionalismo. No entanto, este argumento ignora dois importantes fatores: Primeiro às negociações com o governo se arrastam desde 2008 sem nenhum avanço; e segundo, os servidores do DNIT não aderiram à greve realizada pelos SPFs em 2012, pois apostaram que o MPOG finalmente apresentaria uma proposta que atendesse suas principais reivindicações.
Na tentativa de enfraquecer o movimento, o governo recorreu à justiça e conseguiu uma medida cautelar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) exigindo o retorno de 50% dos trabalhadores para executar serviços considerados essenciais.
Mesmo com o retorno de uma parte dos servidores ao trabalho, a greve continua forte em todo o país.