Greve no DNIT completa 32 dias

26/05/2022

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Apesar dos esforços do governo, que tenta vencer pelo cansaço o movimento paredista dos servidores do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes, a greve completa 32 dias e as últimas ações dos trabalhadores demonstram que eles não vão se dobrar.” title=”<--break-->” class=”mceItem”>

Vários servidores que exercem funções DAS e FGs colocaram seus cargos a disposição para exoneração coletiva. Esta iniciativa foi em resposta à retaliação do governo ao movimento, que exonerou o servidor José Antoniel Campos Feitoza, do cargo de Chefe do Serviço de Engenharia da SR/RN.

Na mesma linha, em 11 de julho, o Superintendente da SR/BA, João Silvio Monteiro, e o Chefe do Serviço de Engenharia encaminharam pedido de exoneração de suas funções. Em apoio os servidores se declararam impossibilitados de assumir quaisquer cargos de gestão da Superintendência.

Desde o início da greve ocorreram duas reuniões com representantes do Ministério do Planejamento, mas não houve avanço nas negociações. O Secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, argumenta que não tem autorização para negociar patamares acima dos 15,8% já oferecidos a outras carreiras e também ao DNIT.

Os servidores lançaram o site Pró Dnit (www.prodnit.com.br), onde são divulgadas informações sobre o movimento nacional e um clipping com as pricnipias noticias relacionadas a greve.

Acompanhe o histórico da greve:

– 25 de junho – deflagrada a greve com adesão em massa dos servidores;

– 27 de junho – a Diretoria do DNIT através da justiça tenta derrubar o movimento, impondo o retorno de 50% dos trabalhadores;

– 3 de julho – boatos e publicações de associações patronais tentam intimidar os servidores com ameaças de corte de ponto. Porém, ao invés de rachar o movimento estimula um sentimento de “agora vamos provar que ameaças não nos põem medo”.

– 4 de julho – deputados da base do Governo, servidores do DNIT, Diretores da CONDSEF e Diretor Executivo do DNIT participam de Audiência na sala da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados em Brasília. Pressionado, o secretário Sérgio Mendonça, somente conseguiu falar de números imprecisos e distorcidos, nem sequer conseguiu rebater as argumentações expostas ali naquela casa.

– 11 de julho – o Superintendente da SR/BA, João Silvio Monteiro, juntamente com o Chefe do Serviço de Engenharia encaminham pedido de exoneração de suas funções. Vendo a importância deste ato e confiantes na continuação de um movimento forte e sem retoques servidores apoiam decisões e se declaram impossibilitados de assumirem quaisquer cargos de gestão da Superintendência, marcando com traços fortes a força que vem deste estado lutador;

– 12 de julho – a maior empresa de Petróleo do Governo, manda um recado às empreiteiras, que por sua vez repassam ao DNIT: O atraso no pagamento das faturas de derivados de petróleo fornecidos por esta Instituição será alvo de protestos judiciais e interromperá o fornecimento até a quitação dos atrasados;

– 15 de julho – a categoria bate o recorde de dias parados: 21 dias sem arredar um centímetro sequer em favor dos apelos de Superintendentes e das ameaças vinda do alto escalão;

Nesses 21 dias de greve, os meios de comunicação começam a dramatizar a história da greve divulgando a insatisfação de empresas. Estas por sua vez procuram deputados aliados para buscar soluções aos seus pleitos. A guerra de nervos aperta para ambos os lados;

– 16 de julho – servidores da Superintendência Regional do DNIT no estado do Rio Grande do Sul realizam protestos no aeroporto Salgado Filho para o Ministro dos Transportes e o Diretor Geral. Os manifestantes acompanharam o deslocamento das autoridades até a frente do Palácio Piratini e lá continuaram até que conseguiram falar diretamente com o Diretor Geral.

Nesta mesma data, outra ação também foi de grande relevância para o fortalecimento do movimento, “A Ofensiva Parlamentar”.

– 17 de julho de 2013, o Diretor Geral, o Diretor Executivo e o Ministro dos Transportes se reúnem com os Superintendentes dos estados para ações pontuais a fim de quebrar o movimento. Na ocasião, o Diretor Executivo apresenta tabelas remuneratórias com o objetivo de homologa-la nos estados. No entanto, os valores apresentados são aquém dos pleiteados nas negociações anteriores à greve e não tem valor de acordos trabalhistas, uma vez que não é oriunda do MPOG ou da CONDSEF, mais uma tentativa de quebrar o movimento forte da categoria.

– 18 de julho – o site Pró Dnit atinge 15.000 acessos. Jornais, Revistas, empresas e anônimos buscam as melhores informações neste vitorioso meio de comunicação dos servidores do DNIT. O site é mais acessado do que o site do próprio Órgão.

Nesta mesma data ocorre uma vídeo conferência entre os estados e o Comando de Greve Nacional. Após muitas explanações de ambas as partes, a tabela apresentada como solução pelo Diretor Executivo foi considerada ilegal, imoral e rechaçada.

– 22 de julho – o MPOG se reúne com a comissão ah doc para nova tentativa de dialogo, porém o Secretário Geral – Sergio Mendonça – diz que não tem autorização para negociar patamares acima dos 15,8% já oferecidos a outras carreiras e também ao DNIT. A comissão rechaça a explanação do Secretário e diz que o movimento paredista vai continuar e aguardando uma nova proposta acima desta imposta pelo Planalto. O Secretário reconhece que o movimento é forte e surpreende o Governo, porém AINDA não tem autorização para negociar percentuais acima dos que a categoria já sabe.

– 23 de julho – o inicio da retaliação ganha cara e conteúdo por parte do Governo. Sai no DOU à exoneração de José Antoniel Campos Feitoza, do cargo de Chefe do Serviço de Engenharia da SR/RN. Porém, este ato de crueldade não foi aceito goela abaixo pelos servidores de norte a sul deste Brasil. A pronta resposta foi logo posta em prática, na Sede e em várias Superintendências Funções DAS e FGs foram colocadas à exoneração coletiva, marcando a indignação dos trabalhadores.

Neste dia existia uma agenda com o Ministro dos Transportes e a carta de exoneração coletiva foi apresentada.

– 24 de julho – aumenta a pressão, contudo o movimento só se fortalece. Novos boatos começam a surgir sobre a abertura da folha de ponto para lançarem o corte de ponto. No 30º dia de greve o site criado para os trabalhadores registra 23.000 acessos, são quase 2.000 acessos por dia.

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