Internacional: espanhóis vão às ruas contra cortes nos serviços públicos

COMPARTILHE

Compartilhe emfacebook
Compartilhe emtwitter
Compartilhe emwhatsapp
Compartilhe emtelegram

Milhares de espanhóis tomaram as ruas de Madri, na semana passada, contra os planos de austeridade impostos pelo governo. Segundo a imprensa local, mais de 50 mil pessoas participaram do protesto. Centrais sindicais organizaram a manifestação e contaram com o apoio de diversas organizações do movimento social e estudantil.

A manifestação foi convocada em mais de 80 cidades após o anúncio de corte de 65 milhões euros, em dois anos, nos gastos públicos. Essa medida prevê a retirada de direitos trabalhistas, de serviços sociais, demissões de funcionários, arrocho salarial, ataque às aposentadorias, entre outros.

No Brasil, os servidores públicos federais travam intensas mobilizações e estão em greve por melhores condições de trabalho e salário.  A postura do governo Dilma é a mesma dos governos de países europeus que, ante a crise, atacam os trabalhadores  e retiram seus direitos, para ajudar banqueiros e empresários. 

 No marco das manifestações realizadas pelos servidores públicos em Brasília, no dia 20 de julho, durante a Planária Nacionais dos Servidores Públicos Federais, foi elaborado uma moção, assinada pelas centrais CSP-Conlutas  CUT  e CTB; e pelo conjunto do funcionalismo, em apoio e solidariedade às mobilizações na Espanha.

Veja a moção de solidariedade:

 

Todo apoio à Luta dos trabalhadores do Estado Nacional Espanhol!

Contra os cortes de Rajoy e da Troyka!

Em defesa dos serviços públicos, dos direitos, salários e empregos!

Que os ricos paguem pela crise!

 

Queremos nos solidarizar com as mobilizações e manifestações dos trabalhadores e suas organizações do Estado Nacional Espanhol. Repudiamos as novas medidas anunciadas pelo governo Rajoy  que aprofundam os ataques contra os servidores públicos e aos serviços públicos de qualidade ao mesmo tempo em que liberam 130 bilhões de euros para”salvar” os bancos.

A mesma política se repete em todo o mundo. A crise da economia internacional capitalista não pode ser paga com nossos direitos, salários e empregos. Que os especuladores e grandes capitalistas paguem com suas fortunas acumuladas nos explorando a trabalhadores, povos e nossos recursos naturais em todo o mundo.

Aqui no Brasil, nós servidores públicos estamos em greve neste momento. Queremos uma concepção de serviços públicos onde a lógica não seja a da mercantilização de todos os serviços que prestamos à população. Reivindicamos reajuste salarial e uma concepção de carreira e direitos que não estejam baseadas na lógica de mercantilização neoliberal.

Em nosso país votam planos de cortes a direitos e conquistas para salvar banqueiros especuladores e multinacionais. No Brasil os argumentos do governo, infelizmente, até o momento são os mesmos: em função da crise internacional não aumentar gastos para manter a “responsabilidade fiscal”. Não negociam com os servidores em greve para manter o pagamento dos juros e serviços da divida.

Ai ou aqui, perdemos trabalhadores e população para que ganhem os mesmos:  banqueiros e multinacionais.

Temos acompanhado vossas mobilizações e manifestações.  Vimos com orgulho a chegada da Marcha Negra, dos heroicos mineiros espanhóis em luta em defesa de seus empregos na semana passada. Mais orgulho ainda da solidariedade de classe demonstrada nas ruas pelos trabalhadores e juventude. 

Este é o caminho: a luta e a mobilização contra os planos de ajuste, em defesa de nossos direitos, salários e empregos. A solidariedade e unidade internacional entre todos explorados e oprimidos.

 

CUT – Central Única dos Trabalhadores

CSP Conlutas – Central Sindical e Popular – Conlutas

CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

Plenária Nacional do Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais

 

Brasília, 20 de Julho de 2012.

 

Fonte: CSP-Conlutas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

17/04: Ato contra a privatização da Sabesp!

A votação do projeto que privatiza a Sabesp, empresa responsável pelo tratamento de água e esgoto de São Paulo pode acontecer nesta quarta-feira, 17. Para barrar essa proposta nefasta, haverá um ato público a partir das 14h na Câmara de Vereadores.