Mais um ministério no governo Dilma está em crise. Desta vez, o Ministério do Trabalho é alvo de investigações por fazer parte de um esquema de extorsão semelhante aos ocorridos no Turismo e no Esporte. Segundo apurou uma revista semanal, assessores do ministro Carlos Lupi, todos ligados ao PDT (partido que ele preside), são acusados de cobrar propina para liberar pagamentos a ONGs suspeitas de irregularidades.
Relatos de dirigentes das ONGs Instituto Êpa, do Rio Grande do Norte e Oxigênio, do Rio de Janeiro, revelam que as entidades contratadas pelo Trabalho para treinamento tinham os repasses de recursos bloqueados. Segundo eles, o coordenador-geral de Qualificação, Anderson Alexandre dos Santos e Weverton Rocha – hoje deputado federal –, exigiam propina entre 5% e 15% do valor do contrato para que voltassem a receber recursos.
No último sábado (5), Lupi afastou o assessor Anderson dos Santos. Em nota divulgada pela assessoria, o ministro informa que o afastamento de Santos valerá pelo tempo que durar as investigações. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que a situação na pasta deverá ser discutida nesta segunda-feira (7).
Desde o início do governo Dilma Rousseff, cinco ministros já deixaram os cargos após suspeitas de irregularidades. Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo) saíram dos respectivos ministérios, seguidos por Orlando Silva (Esporte), que no fim de outubro deixou a chefia da pasta, atingido por denúncias que envolviam justamente convênios com ONGs.
Com informações do portal IG e Agência Estado