Cerca de 600 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam no começo da tarde de terça-feira, 11/12, a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de São Paulo.
Os manifestantes querem que o governo federal impeça o despejo das famílias do assentamento Milton Santos, na cidade de Americana/SP.
O protesto já dura cerca de 24 horas e não há previsão de desocupação. Os ativistas disseram que ficarão no local até que o Incra apresente soluções concretas para o assentamento Milton Santos. Além disso, o MST denuncia a paralisia da reforma agrária no Brasil.
Em mais uma demonstração de injustiça, o poder judiciário favorece latifundiários e especuladores ao determinar a reintegração de posse de um assentamento onde vivem cerca de 70 famílias de trabalhadores rurais há sete anos.
De acordo com informações de líderes do movimento, o local pertencia à família Abdalla e foi repassada ao INSS como forma de pagamento dos impostos por causa das dívidas com a União.
O assentamento foi devidamente reconhecido pelo Incra desde 2006. No entanto, alguns questionamento ficam no ar: Será que os dirigentes do órgão não tinham conhecimento da insegurança jurídica vivida pelos assentados no que diz respeito ao direito à terra? Não poderia ter tomado providências há mais tempo visando à desapropriação da área?
O Sindsef-SP se solidariza com os manifestantes. Não aceitaremos novos “Pinheirinhos”!
Reforma agrária já!
Foto: Agência Brasil