Representantes do Sindsef-SP se reuniram com o superintendente Marco Melchior para pedir a suspensão da Instrução Normativa que determina a volta dos servidores ao trabalho presencial, previsto para a próxima segunda-feira 25 de outubro.
Para os representantes não há motivos pra essa urgência ao retorno do trabalho presencial, pois o trabalho remoto segue apresentando ótimos resultados. O risco de contaminação ainda causa grande preocupação aos trabalhadores.
Problemas como falta de recursos humanos para dar conta, por exemplo, do controle do acesso as unidades, tais como exigir o uso de máscara e aferir temperatura dos usuários, foram apontados.
Segundo o superintendente, o retorno vai ocorrer e esse controle será responsabilidade dos vigilantes. No entanto, além de não fazer parte da atribuição desses trabalhadores, não há vigilantes nas agências. Então como fica a situação nesses locais, onde faltam até recepcionistas?
Informado que algumas chefias determinaram que todos se apresentem na próxima segunda-feira, Melchior salientou que o retorno será gradual e que deve respeitar os protocolos de segurança sanitária, garantindo o revezamento dos servidores, nas unidades onde há essa possibilidade.
Porém, faltam servidores em todas a unidades. Algumas até fecharam por falta de pessoal. Outras dependem de funcionários cedidos das prefeituras para funcionar.
A IN 90 até dá opção de seguir em trabalho remoto, porém há uma pressão real que pode pesar nessa decisão. Os custos do trabalho remoto e a solidariedade com os demais colegas que ficarão sobrecarregados. Afinal, quantos servidores tem idade igual o superior a 60 anos? E que sofrem com hipertensão arterial?
Cabe observar que, um ponto fundamental para promover um retorno seguro, não foi apresentado: a obrigatoriedade da comprovação da imunização completa.
Planilha
Outro tema pautado foi como conciliar as demandas da planilha com o atendimento ao público. Qual será a prioridade dos trabalhos?
O superintendente alega que até a abertura ao público serão repassadas as orientações técnicas para elucidar essas dúvidas. A perspectiva é que nesse primeiro momento o atendimento será hibrido, ou seja, parte dos trabalho presencial e parte remoto.
Em relação as planilhas, o Sindsef-SP havia encaminhado um pedido de informações sobre o método de organização dos trabalhos, antes da decisão de implementar o retorno ao presencial.
Considerando que a pandemia ainda mata centenas de pessoas diariamente, o Sindsef-SP, na defesa dos interesses e da segurança dos servidores se posiciona frontalmente contra o retorno ao trabalho presencial.
O Sindsef-SP está à disposição para receber denúncias tanto sobre as condições de trabalho necessárias para execução das tarefas quanto referente aos protocolos sanitários, para proteção dos trabalhadores e trabalhadoras e da população usuária dos serviços do Ministério do Trabalho.
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