Na Copa vai ter luta! Vésperas do mundial, mais greves e protestos estão previstos

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No dia 07 de maio, aconteceu a marcha do funcionalismo federal, em Brasília, com a participação de milhares de servidores, entre eles, a delegação do Sindsef-SP. A atividade obrigou o Ministério do Orçamento, Planejamento e Gestão (Mpog) a receber as entidades representativas dos trabalhadores. Agora, é preciso intensificar a mobilização para quebrar a intransigência do governo Dilma.<--break- data-lazy-src=

O objetivo é fortalecer o movimento paredista nacional dos servidores do Ministério da Cultura, iniciado no dia 12 de maio, e dos demais setores do funcionalismo. Os técnico-administrativos das universidades públicas, organizados pela Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), por exemplo, estão de braços cruzados desde 17 de março.

Pouco mais de um mês depois da Fasubra, no dia 21 de abril, aderiram à greve nacional os servidores dos institutos federais de educação, dirigidos pelo Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).

O Judiciário Federal também já parou na Bahia, no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, no último dia 15, em São Paulo, com a forte atuação do Sintrajud. Neste dia, os servidores do INSS e da saúde federal realizaram uma paralisação de 24 horas. O “15M”, Dia Nacional de Luta Contra as Injustiças da Copa, contou, ainda, com protestos de diversas categorias em várias cidades do país, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro, que tiveram manifestações o dia inteiro.

Os docentes das universidades, organizados pelo ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) prometem parar no dia 21 e decidirão em plenária (24 e 25/05) a possível adesão à greve.

Negociações e reivindicações

Na reunião que ocorreu por pressão da marcha em Brasília, o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, reafirmou que não houve mudança quanto ao atendimento das reivindicações. No entanto, assumiu o compromisso de voltar a consultar as instâncias superiores para discutir a abertura de negociações e até 22 de maio apresentar uma resposta aos grevistas.

Entre as reivindicações, a Campanha Salarial Unificada dos SPFs pede a antecipação da última parcela do reajuste de 2013, prevista para janeiro de 2015; a paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; o cumprimento por parte do governo de acordos e protocolos de intenções firmados em processos de negociação; e exigem uma política salarial permanente, além da regulamentação da convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para garantir a data-base em 1º de maio. O setor também tem em sua pauta o repúdio a reformas que retirem direitos dos trabalhadores e a retirada de projetos no Congresso Nacional que prejudicam os trabalhadores públicos.

A ordem do Planalto para as demais pastas é de frear qualquer proposta ou projeto com impacto fiscal, para fazer um superávit primário, que é a economia que o governo faz para pagar juros da dívida publica, ou seja, dar dinheiro para os banqueiros.

De acordo com Paulo Barela, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, “nesse governo, quem ganha são os empresários e a Fifa… O governo federal investiu cerca de 30 bilhões de reais na Copa do Mundo, mas se quer negocia a reposição das perdas salariais dos servidores… É hora de pegarmos o exemplo dos garis do Rio de Janeiro, dos rodoviários de Porto Alegre, e de muitas outras categorias pelo país para unificar nossas lutas e avançar na conquista de direitos”.

Unificação das lutas

Vésperas da Copa do Mundo, o Brasil está cada vez mais sacudido por greves e protestos. Além dos servidores federais, estão em greve diversas outras categorias, como operários, trabalhadores da educação de municípios, do transporte coletivo, da construção civil, da limpeza urbana e dos aeroportos. Paralelamente, os movimentos por moradia estão muito mobilizados, realizando manifestações com frequência.

Esse é o cenário de lutas dá sequência à jornada que começou em junho de 2013. A população está vendo que as prioridades dos governos não são as mesmas reivindicadas nos protestos do ano passado.

Não há como não se indignar com os altos gastos públicos com o megaevento, enquanto a inflação corrói o poder de compra dos trabalhadores, as dívidas só aumentam e a educação, a saúde e o transporte públicos estão um caos. Fica mais evidente que, apesar das lutas serem de diferentes categorias, cada qual com suas reivindicações específicas, todas são de uma só classe, a classe trabalhadora.

Neste sentido, no dia 12 de junho, data da abertura da Copa vai acontecer atos e manifestações de rua, especialmente na cidade de São Paulo, onde será realizado o primeiro jogo do mundial de futebol.

O Sindsef-SP defende a unidade entre aqueles que lutam e chama todos os sevidores a se engajarem nas mobilizações por melhores condições de trabalho e vida, contra a política econômica do governo Dilma, contra a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza, pelo fim da repressão às manifestações e pela desmilitarização da polícia. 

 

 

Foto: Renata Maffezolli

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