Em 2008, com a abertura do concurso público para o cargo de agente administrativo surgiu uma esperança de valorização da carreira administrativa no M.T.E. (após assinatura de termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público do Trabalho), após décadas de indiferença do governo federal.
Desde essa época já estava em pauta a negociação de plano de carreira específico para os servidores do quadro, sendo esse um dos incentivos para ingresso de novos, via concurso público.
Todavia, o governo não cumpriu com o que havia acordado, encerrando todas as negociações sobre a estruturação da carreira administrativa.
Frente à indiferença e desrespeito do governo, em 2009 e 2010, a categoria deflagrou o movimento grevista que totalizou 6 meses de paralisação e encerrou-se com a promessa do governo em negociar. No entanto acabou em um Acordo assinado sem consulta à base, contrário à vontade dos servidores, agravado pela obrigatoriedade de reposição dos dias parados de uma greve considerada legal pelo STJ, e sem qualquer abertura para os servidores exporem suas necessidades.
Assim, mesmo com a necessidade de manter-se mobilizados, os agentes administrativos do M.T.E. pertencentes aos 3 níveis (superior, médio e auxiliar), sobretudo os de níveis médio e auxiliar, que são a maioria, sentem-se inseguros e desmotivados frente a Confederação que os representa, pois a CONDSEF, nas oportunidades que teve para negociar, agiu de forma tendenciosa, conquistando reajuste salarial expressivo apenas para os servidores de nível superior, restando aos de nível médio e auxiliar uma gratificação irrisória e vergonhosa, dependente de ser sancionada e que ainda poderá ser suprimida pela implementação de uma avaliação de desempenho institucional suspeita e mal organizada, que exige resultados – sem que o governo dê condições dignas de trabalho para os servidores.
Assim, nós servidores administrativos da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Presidente Prudente, não estamos satisfeitos com a representação da nossa categoria pela CONDSEF, pois nos sentimos inseguros, enganados e vendidos por esta Confederação que realiza acordos prejudiciais, e nas raras oportunidades de fazer valer a nossa força (como nas mobilizações), acaba por entregar a categoria para ser penalizada e pressionada pelo governo, sem nenhuma expectativa de termos nossas necessidades e reivindicações atendidas.
Esperamos que a Condsef mude sua postura frente aos seus representados e passe a defender e reivindicar nossos direitos, consultando a sua base antes de negociar assuntos de interesse da categoria representada ao invés de negociar com o governo acordos vergonhosos que somente pioram a situação dos confederados.
Cleide Maria dos Santos Martins
Ciro Pasotti Durigheto
Darci Paixão de Toledo
Delcio Nenubio Cardoso Martinez
Haroldo Florindo da Silva
Izabel Fernandes
Jose Dominato Junior
Leila de Holanda Maracci
Liliane Souza Silva
Liriam Patrícia Chamim
Maria Aparecida de Almeida Joppert
Maria Tereza Frasson
Nelson Bigoni
Osmar Katsumi Suyama
Regina Mendes Barros Silva
Silvana Vianna Passarello