Onde tem jogo, tem manifestação

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Depois do dia da abertura da Copa do Mundo (12/06) ser marcado por protestos brutalmente reprimidos pela Polícia Militar em São Paulo e também acontecer em pelo menos mais 09 cidades do país, nos dias de jogo, continuam os atos contra as injustiças para a realização do Mundial.

No último sábado (14), a manifestação em Belo Horizonte foi impedida pelo aparato repressivo de ser realizada. No domingo (15), houve manifestação em Brasília e, nesta segunda-feira (16), em Natal e Curitiba.

Devido ao impedimento da realização do ato em Belo Horizonte, um novo ato está sendo convocado pela Assembleia Popular Horizontal, para amanhã (17), às 12h, na Praça Savassi. No sábado, o número de policiais em relação ao de manifestantes e a truculência foi completamente desproporcional.

Em Brasília, trabalhadores organizados pelo Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) em greve, e integrantes do Comitê Popular da Copa, fizeram um protesto na região central. Os participantes denunciaram os alto gastos com o megaevento da Fifa em detrimento ao descaso com a educação, a falta de negociação e a intransigência do governo Dilma. A atividade aconteceu sem conflitos, apesar do clima tenso provocado pelo o enorme aparato militar.

Na cidade de Natal, que está em estado de calamidade pública devido às fortes chuvas e com rodoviários em greve, antes do jogo EUA x Gana, cerca de 450 pessoas realizaram um ato no horário da tarde. A polícia chegou a bloquear a entrada do local onde os manifestantes estavam concentrados. Houve uma conversa entre a organização do ato e a polícia para garantir o direito constitucional à livre manifestação. O protesto aconteceu pacificamente. No final, durante a dispersão, a PM fez “baculejo” em dezenas de manifestantes de modo a causar constrangimento. 

Já Curitiba, palco do jogo Nigéria X Irã, teve repressão.  O protesto pacífico foi impedido de continuar pelo bloqueio policial que sitiava os arredores do estádio Joaquim Américo Guimarães, a Arena da Baixada. A maioria dos manifestantes se dispersou, mas alguns poucos provocadores (possivelmente, infiltrados para desviar o foco do protesto, que denunciou inúmeras violações de direitos ocorridas devido à Copa) retornaram e houve confronto com a Tropa de Choque. Pelo menos 14 pessoas foram detidas.

A população que vai às ruas não está contra o futebol. Ao contrário, compreende que este faz parte da história do país e de seu patrimônio. O que se questiona é a forma como as copas do mundo são realizadas, controladas pela Fifa e voltadas para os interesses de um pequeno punhado de empresários.

Os R$ 8 bilhões gastos com a construção dos estádios para a Copa do Mundo equivalem ao dobro do investido pelo governo federal em Saúde em 2013 e é maior que valor de investimentos em Educação no ano passado. Em 2013, o Ministério da Saúde investiu R$ 3,9 bilhões. No Ministério da Educação, os valores aplicados no exercício passado foram de R$ 7,6 bilhões.

Por trás de toda publicidade da “Copa das Copas”, que conta com a ajuda da grande imprensa, o triste legado aos brasileiros é formado por remoções forçadas, turismo sexual, privatização dos espaços públicos, morte de operários, elitização dos estádios, criminalização da pobreza, repressão e um longo etc.

 

Confira o calendário de próximos protestos contra as injustiças da Copa em São Paulo:

16/06 2º Futebol Popular na Sala São Paulo Contra a Eliminação do Povo de Rua. 
19/06O Movimento Passe Livre fará um grande ato contra a tarifa do transporte público.
23/0611º Ato Contra as Injustiças da Copa do Mundo

 

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Foto: Renato Medeiros 

 

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