Organização de base para fortalecer a CSP-Conlutas e as lutas dos trabalhadores!

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O público do 1º Congresso da CSP-Conlutas assistiu ontem, 28, à noite o painel sobre “Organização de Base nos locais de trabalho, de moradia e nas escolas”. 

À mesa, Zé Maria, da CSP-Conlutas, João Batista, do MTL e Felipe Brito, do MTST analisaram como organizar os trabalhadores para enfrentar a questão territorial das cidades e do campo, bem como os danos causados pela política dos Governos, com destaque para os danos causados pela vinda da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

Zé Maria explicou os elementos da organização de base. O primeiro deles é a democratização dos sindicatos, que diz respeito à importância da presença do sindicato nos locais de trabalho; o segundo, o fortalecimento das lutas, que ocorre com os trabalhadores organizados em cada local de trabalho e; o terceiro se refere à edificação da autodeterminação dos trabalhadores. 

Este ponto o palestrante pautou como fundamental para avançar no programa da organização de base. A educação para a autodeterminação, segundo Zé Maria, trata-se de estimular no trabalhador a ideia de que ele é dono do seu destino e aquilo que ele decidiu coletivamente tem que ser soberano.  

Durante esta explanação foi falado em CIPA (comissão Interna de Prevenção de Acidentes), porque ela dá uma proteção ao cooperativado. Quem está na CIPA não pode ser demitido, então isso pode ser usado por ativistas como instrumento de estabilidade. 

Felipe Brito fez um histórico da ocupação urbana no Brasil. Ele tomou como exemplo a Favela da Praia do Pinto, da década de 1930. A favela foi removida no Governo Negrão de Lima no Estado da Guanabara. Os ocupantes foram “jogados” para lugares isolados da área urbana. O representante do movimento explicou que os mega eventos como copa e olimpíadas são ferramentas utilizadas para implementar a política de cidade-empresa e não servem para reforma urbana. Isto é, ao contrário da propaganda oficial de ser bom para o Brasil, na realidade, prejudicam a milhares no país. Copa e olimpíada significam despejos e ataques à classe trabalhadora.

As intervenções dos camaradas da plenária trataram do enfrentamento à criminalização dos movimentos e dos trabalhadores. Além de outros assuntos, em sintonia com o conteúdo abordado por palestrantes, como a questão dos agrotóxicos e das CIPAS.

Camila, professora da rede estadual de são Paulo e do Movimento Mulheres em Luta, compartilhou com o público da plenária parte do debate do 1º Encontro de Mulheres Trabalhadoras. Ela citou como bom exemplo de organização de base o caso das companheiras da organização civil de Belém, uma categoria que tem maioria masculina. Graças à iniciativa do sindicato, de organizar as mulheres trabalhadoras, existem 7 delegadas da categoria nesse congresso. “É importante que os sindicatos tenham mais olhos e mais ouvidos nos locais de trabalho. E quando nós vamos aos locais de trabalho, nós podemos ver as necessidades das mulheres”, disse. 

A organização de base é vital para o fortalecimento da CSP-Conlutas e do avanço das lutas da classe trabalhadora. A luta da Central, conforme dito no painel, não é somente para melhorar o salário e das condições de trabalho, ela vai segue uma dimensão política maior, que é a transformação dessa sociedade para uma sociedade libertária governada pelos trabalhadores.

 

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