Pela manutenção do Teletrabalho na SPU! Todas as vidas importam!

COMPARTILHE

Compartilhe emfacebook
Compartilhe emtwitter
Compartilhe emwhatsapp
Compartilhe emtelegram

Os servidores da SPU foram surpreendidos por um oficio do Ministério da Economia, determinando o retorno ao trabalho presencial, a partir do dia 24/08. Frente a esse comunicado, após discutir o tema em setorial com os trabalhadores, a diretoria do Sindsef-SP imediatamente encaminhou um oficio resposta para a direção do órgão, solicitando a prorrogação do teletrabalho e uma reunião com o superintendente para tratar da questão. A reunião foi realizada nessa segunda-feira, 31/08.

O Secretário Geral do Sindsef-SP, Hidetoshi Takiishi, abriu o diálogo falando do quadro drástico da pandemia no país, com destaque para São Paulo, estado que apresenta o maior índice de contágio e número de óbitos registrados. Questionou quais protocolos de segurança já foram adotados pela SPU e pediu adiamento do retorno ao trabalho presencial, considerando os riscos para o trabalhador e também para os seus familiares.

Representando o Departamento Jurídico do Sindsef-SP, a advogada Regiane Moura, observou que, no momento, mesmo que de forma gradativa, não há como garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores com a retorno das atividades presenciais. Ponderou sobre o potencial risco de contágio na utilização do transporte público, no deslocamento entre a residência e o local de trabalho.

A advogada usou o exemplo do IPHAN que, em resposta ao questionamento do sindicato sobre o retorno ao trabalho presencial, alegou ser papel da presidência do órgão estabelecer diretrizes gerais, cabendo a cada gestor a avaliação da situação e a definição das estratégias mais adequadas ao contexto local. O teletrabalho foi prorrogado no órgão. Também citou o exemplo da Fundacentro, que prorrogou o teletrabalho até 15/09 e que possivelmente fará novas prorrogações, como já vem ocorrendo. 

Regiane argumentou, que os Superintendentes têm autonomia para avaliar a situação local, que deve ser considerada, uma vez que o estado de São Paulo acaba de atingir a marca de 30 mil mortes, e a capital, onde está sediada a SPU, é o epicentro da crise, inclusive em razão de tratar-se de uma grande metrópole, com o intenso fluxo periferia-centro-periferia. 

Registrou que os motivos que determinaram a adoção do trabalho remoto seguem inalterados, de modo que o retorno às atividades presenciais não possui motivação. Registrou que a continuidade dos serviços públicos está reservada com o trabalho remoto, e que é de conhecimento notório o fato de que a produtividade dos servidores é digna de nota.

Os representantes da SPU/SP reconheceram a situação de calamidade que a pandemia representa. Inclusive compartilharam a informação de que hoje, 31/08, foi registrado o óbito de um servidor da SPU/PA. Comentaram que há inclusive falta de álcool em gel no mercado, tão necessário, para higienização das mãos nos protocolos de seguranças. Informaram que nesta terça-feira, 01/09, ocorrerá uma reunião entre todas as superintendências para discutir o teletrabalho. Além disso, declararam mais de uma vez que estão cientes que a Covid-19 poder configurar acidente de trabalho e que levam a sério os cuidados com a saúde dos trabalhadores do órgão, estendendo as iniciativas de proteção aos trabalhadores terceirizados.

Nos próximos dias ocorrerá reunião com a zeladoria do edifício onde a SPU/ SP e pelo menos dois outros setores do Ministério da Economia tem sede. Segundo os representantes da SPU/SP, somente quando todos os Equipamentos de Proteção Individual estiverem comprados e instalados é que os servidores serão chamados ao revezamento presencial. Cientes do papel e responsabilidade que tem com a segurança e saúde do trabalhador, estão realizando o levantamento da situação dos servidores da SPU/SP e orientam que os servidores que compõem o grupo de risco, ou tenham familiar nesse grupo, façam a auto declaração junto ao registro de ponto. Alegaram que estão adotando providências que serão necessárias no futuro, mas que diante dos números de São Paulo, ainda não há data para o retorno ao trabalho presencial e se comprometeram a chamar uma nova reunião com o Sindsef-SP quando esse retorno tiver data para ocorrer.

Os representantes do Sindsef-SP ponderaram que o isolamento social é a medida realmente eficaz para inibir a circulação do vírus e deve ser estendida a todos os trabalhadores, sejam eles do grupo de risco ou não. O sindicato alertou que estará junto aos trabalhadores acompanhando os desdobramentos da situação, com a preocupação de garantir sempre que todas as medidas para preservar as vidas sejam adotadas. O sindicato segue em estado de alerta.

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

17/04: Ato contra a privatização da Sabesp!

A votação do projeto que privatiza a Sabesp, empresa responsável pelo tratamento de água e esgoto de São Paulo pode acontecer nesta quarta-feira, 17. Para barrar essa proposta nefasta, haverá um ato público a partir das 14h na Câmara de Vereadores.